terça-feira, 31 de agosto de 2010

CEF rechaça mentiras do Estadão

Reproduzo nota oficial da assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal (CEF):


Em relação à matéria "Minha Casa Minha Vida deixa de lado quem ganha menos" (30/08), a Caixa Econômica Federal esclarece que as informações publicadas, atribuídas ao vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, não correspondem nem ao que foi dito durante a entrevista e nem à realidade. Ao contrário, as famílias com renda familiar de 0 a 3 salários mínimos são, sim e prioritariamente, atendidas pelo Programa, conforme dados abaixo:

- Até o dia 27/08, 610 mil unidades habitacionais foram contratadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Dessas, 376,6 mil, ou seja, mais de 60% dos imóveis, atendem famílias na faixa de renda de 0 até 3 SM – sendo 282,1 mil com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), e 94,5 mil com outras modalidades de financiamento. Trata-se do maior volume de recursos já aplicados e a maior quantidade de unidades de um programa habitacional no país voltado para aquela faixa de renda.

- Em uma análise sobre o orçamento, constata-se que já foram contratados mais de 82% de todo o recurso de R$ 14 bilhões destinado a atender exclusivamente as famílias de 0 a 3 SM. Ou seja, o orçamento total para essa faixa de renda da população já está em fase final de contratação, devendo ser aplicado totalmente durante já este mês de setembro.

- Para famílias também com renda até 3 SM, que podem contratar financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contando com subsídio direto que permite o acesso a moradias ofertadas pelo mercado, a quantidade contratada também já supera 94,5 mil unidades habitacionais, correspondendo a mais de R$ 3,76 bi em financiamentos. Isso só foi possível graças à subvenção que famílias receberam do governo.

- O valor de subsídio, citado no item anterior, concedido exclusivamente para o público de até 3 SM que contratou financiamento direto ou para aquisição na planta de uma moradia, passa de R$ 1,49 bi. Esse número, além de constituir o maior valor dessa natureza na história já alocado para acesso a moradia no Brasil, demonstra que o MCMV achou a modelagem orçamentária adequada para suprir as necessidades dessa faixa de renda e também para as famílias com renda até 6 SM.

- O MCMV foi lançado em março/2009 e as propostas começaram a ser entregues à Caixa em abril/2009. Transcorrido pouco mais de um ano, o número de unidades que chegaram ao cliente final até 31/07 é de 3.588, na faixa de 0 a 3 SM. Construir um empreendimento habitacional, independente da faixa de renda, não acontece como um passe de mágica; ele tem que ser edificado. Assim, o número de entregas está absolutamente de acordo com o prazo de construção de um empreendimento habitacional, que varia entre 12 e 24 meses em função da quantidade de unidades, da especificação dos imóveis e até de condições climáticas, dentre outros fatores. Ou seja, as entregas começam a acontecer, de fato, ao final deste semestre e ao longo de 2011. Não há, nem deveria mesmo haver, expectativa diferente.

Por fim, reforçamos que a matéria, ao afirmar em seu título e em seu lead que o MCMV "deixa de lado quem ganha menos" e que "tem dificuldades em atender as famílias de até três salários mínimos", oferece ao leitor uma interpretação duplamente equivocada. As informações acima, todas prestadas à repórter, deixam bem claro que o foco do Programa é atender famílias de menor ou nenhum poder aquisitivo, de forma prioritária, além de visar também àquelas de renda de até 6 SM e até 10 SM, cumprindo a meta estabelecida pelo governo federal.

Copiado no blog Altamiro Borges


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A falta de caráter da direita não têm limites

O desespero da direita é cada vez maior, nestas eleições. Como não possuem propostas, mentem compulsivamente sobre o passado de Dilma Roussef.Agora, estão espalhando uma foto de Dilma, dos anos 80, com um fuzil inserido digitalmente na fotografia. Reparem, na esquerda, que a foto de Dilma é bem diferente de uma fotografia dela da década de 60, na direita:




Dilma já falou, seus companheiros da época já declararam e é público: Dilma nunca pegou em armas, nunca participou de assaltos à banco e nunca participou de ações armadas em geral quando lutou contra a ditadura.

Primeiro, a Folha de São Paulo publicou uma ficha falsa de Dilma, como se fosse uma ficha da época em que ela foi presa. Agora a direita, sem nenhum escrúpulo, faz montagens vagabundas como a que podemos ver na foto da esquerda. Quem espalha esta foto como se fosse verdadeira é um criminoso, um bandido sem caráter que exatamente como os nazistas :precisa adulterar a história para tentar convencer as pessoas. Se você sabe quem foi o criminoso que fez esta montagem, me avise e poderemos denunciar à Polícia Federal.

Reparem o que é dito na comunidade do reacionário de extrema-direita Olavo de Carvalho,
no orkut (clique para ampliar):

Estas pessoas desonestas, de forma completamente dissimuladas, ainda têm a coragem de perguntar se a foto é uma montagem. Outra alienada e sem nenhum caráter ainda diz que gosta da fotografia. O objetivo é claro: espalhar a mentira. Lugar de quem calunia os outros desta forma é na cadeia.

Este texto também foi publicado aqui:

http://www.sejaditaverdade.net/blog2/?p=1666

Copiado do blog Jornalisticamente falando


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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Linda carta de uma vencedora.

Balaio do Kotscho

Ex- menina de rua em SP estuda medicina em Cuba

Graças a alguns “papa-hóstias”, como costumo chamar meus amigos da igreja, fiquei sabendo da história dela durante um agradável almoço na Feijoada da Lana, na Vila Madalena, a melhor da cidade. Repórter vive disso: tem que andar por aí, conversar com todo mundo para descobrir as novidades, ficar sabendo de personagens cuja vida vale a pena ser contada.
É este o caso da jovem Gisele Antunes Rodrigues, de 23 anos, ex-menina de rua de São Paulo, nascida em Ribeirão Pires, que deu a volta por cima e hoje está no terceiro ano de Medicina. Detalhe: ela estuda no Instituto Superior de Ciências Médicas de La Habana, em Cuba, onde estão matriculados outros 275 brasileiros.
Gisele veio passar as férias no Brasil e, na próxima semana, volta a Cuba. Como ela foi parar lá? Ninguém melhor do que a própria Gisele, que escreve muito bem, para nos contar como é a vida lá e como foi esta sua incrível travessia das ruas de São Paulo até cursar uma faculdade de Medicina em outro país.
A meu pedido, Gisele enviou seu depoimento nesta sexta-feira e eu pedi autorização para poder reproduzí-lo aqui no Balaio. Tenho certeza de que esta comovente história com final feliz pode servir de estímulo e inspiração a outros jovens que vivem em dificuldades.
Para: Ricardo Kotscho
Olá!!!
Autorizo o senhor a publicar essa história. Caso deseje, pode corrigir os erros. Mas, por favor, sem sensacionalismo. Tente seguir mais o menos o texto abaixo. Desculpa por escrever isso, mas eu já tive problemas.
Gosto do seu blog, vou tentar acessar nele em Cuba.
Abraços
Gisele Antunes
***
Só mais uma brasileira
Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão. Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta, mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem problemas mentais.
Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e depois maconha.
Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria, que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo. Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.
Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.
Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol, tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico. O último não foi possível concluir.
Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.
A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste período de amadurecimento.
As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade, mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou conseguir passar na universidade pública.
Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e aceitei participar da seleção.
Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010. São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.
Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver.
Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.
Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?
Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns 60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da minha infância.
Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos estados Unidos por ser um país socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos Panamericanos), é livre de analfabetismo.
A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.
Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada. Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja estudar direito.
Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me apoiar e me dar conselhos.
Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima dela quando voltar.
Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.
Gisele Antunes Rodrigues
Ser culto é o único modo de ser livre (José Martí)

Copiado no blog Brasil para todos


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domingo, 29 de agosto de 2010

LÍDICE DA MATA


Sou nacionalista e não poderia deixar de homenagear uma mulher de fibra que comandou a prefeitura de forma digna e heroica, meus parabéns Lídice e todas as mulheres que lutam pelo social.
Na sua gestão ouvia-se sempre.
-Ela não vai suportar.
Comandou até o fim e hoje ouve-se.
-Isso e aquilo de bom, só aconteceu com Lídice da Mata.

A primeira e única mulher à frente da Prefeitura de Salvador, a economista Lídice da Mata foi eleita em 1992 com o apoio de uma ampla coligação partidária. A sua administração foi marcada por realizações voltadas para o social, apesar do grande cerco de comunicação e econômico que enfrentou, comandado pelo grupo político que governava a Bahia na época.
A sua carreira política teve início no movimento estudantil, como líder, quando ainda cursava economia, na Faculdade de Ciências Econômicas da Ufba. Destemida, teve intensa participação nas lutas populares pela anistia e contra a ditadura e na campanha das diretas já.

Filha de Aurélio Pereira de Sousa, ex-bancário e limitante comunista, e de D. Margarida Maria da Mata e Sousa, católica e dona-de-casa. Lídice começou sua vida política escolhendo suas bandeiras de luta, que a acompanham até os dias de hoje: o socialismo e a democracia.
Formou-se em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia. Durante sua vida acadêmica, Lídice foi voz ativa dos estudantes baianos na luta contra a ditadura militar e foi a primeira mulher a ser eleita para a presidência do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade.


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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Compra de terras pelo capital estrangeiro precisa ser impedida pela soberania nacional

Da Página do MST

Os jornais da grande imprensa repercutiram nesta terça-feira a portaria assinada pelo presidente Lula, publicada no Diário Oficial, aceita parecer da Advocacia Geral da União, estabelecendo critérios para venda de terras brasileiras a empresas estrangeiras.

Vejam abaixo a matéria do Correio Braziliense, que apresenta mais detalhes sobre o tema.
No entanto, algumas questões fundamentais ainda não estão claras. Precisamos de um rigor maior, em defesa dos interesses nacionais. O Parlamento e a sociedade brasileira devem se envolver nessa discussão, para que o país encontre caminhos e crie instrumentos para um controle maior.
Esperamos que o próximo governo tome medidas cabíveis em relação a essas questões, que ainda estão pendentes:
* Nos últimos três anos, o capital estrangeiro comprou 30% das terras, usinas e logística do setor sucro-alcooleiro.
* Muitas empresas estrangeiras compram ações das empresas brasileiras que são donas de terras e não mudam o registro no Incra. Essas terras continuam com mesmo registro, mas na prática pertencem a grupos estrangeiros.
* Como vamos controlar os nossos recursos naturais quando bancos usam fundos de investimento estrangeiros e compram terras, mas com nome nacional? O caso mais simbólico é do Banco Opportunity, de Daniel Dantas, que usou fundos de investimentos de origem estrangeiras para comprar 56 fazendas no sul do Pará, que já somam 600 mil hectares,
* A empresa finlandesa Stora Enso comprou terras tanto no sul da Bahia como na fronteira do Brasil com o Uruguai e Argentina. Além de violar a lei da fronteira, a empresa agride o ambiente. O que será feito com essas terras que ilegalmente já foram vendidas?
* Não é uma ameaça à soberania nacional autorizar que empresas estrangeiras comprem 25% de um município?
Essas e outras questões relacionadas à propriedade da terra e à soberania nacional precisam ser debatidas por toda a sociedade.
Abaixo, leia a reportagem de Lúcio Vaz, do Correio Braziliense, publicada nesta terça-feira.
Farra gringa é restrita
Foi publicado ontem no Diário Oficial da União um despacho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovando o novo parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que impõe maior controle sobre a aquisição de terras por estrangeiros no país.
Baseada em dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a AGU reconheceu que o Estado brasileiro havia perdido o controle efetivo sobre a aquisição e o arrendamento desses terrenos.
O parecer equipara os empreendimentos de fora a companhias brasileiras cuja maioria do capital esteja nas mãos de forasteiros não residentes no país ou de empresas estrangeiras não autorizadas a operar no Brasil.
A ausência de controle dessas aquisições teria gerado a valorização excessiva do preço da terra, a expansão da fronteira agrícola em áreas de proteção ambiental, o aumento da grilagem e da venda ilegal de terrenos públicos, a aquisição de propriedades em faixas de fronteira, pondo em risco a segurança nacional, além de práticas como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
A AGU esclarece que a nova abordagem sobre o tema surgiu a partir da crise de alimentos no mundo e da possibilidade de adoção, em larga escala, do biocombustível como importante fonte alternativa de energia. O parecer foi elaborado pelo consultor-geral da República, Ronaldo Vieira Júnior, e encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
O parecer revisa as regras definidas pela AGU em 1998, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, interpretando a Constituição federal de 1988. Não havia dúvidas quanto à aplicação de restrições e limites às pessoas físicas e às empresas estrangeiras previstas na Lei n° 5.709/1971. A questão se restringia à equiparação das empresas brasileiras com controle de capital estrangeiro às companhias gringas. Segundo o parecer assinado pelo consultor-geral, “passados 14 anos, o novo contexto econômico mundial impunha um reposicionamento do governo federal sobre o tema”.
Vieira Júnior lembrou o pronunciamento do presidente do Incra, Rolf Hackbart, em audiência pública das comissões de Agricultura, Reforma Agrária, Defesa do Consumidor e Fiscalização do Senado, em março de 2008. Para Hackbart, o sistema vigente permitia “a ocupação desenfreada de terras em nível nacional por estrangeiros, mascarada legalmente, com a justificativa de serem adquiridas por empresas brasileiras. Além disso, os serviços registrais (cartórios) entendem não ser necessário a comunicação da relação dessas aquisições à Corregedoria de Justiça e ao Incra”.
Insegurança jurídica
A AGU havia firmado posição favorável à revisão do parecer em 2008, mas surgiram pressões contrárias, dentro e fora do governo. Naquele ano, a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) enviou carta à então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, externando preocupação com a eventual revisão do parecer pela AGU. Tal fato poderia “trazer insegurança jurídica aos investidores estrangeiros, especialmente aqueles que atuam no setor de celulose e papel”.
A série do Correio mostrou que a fábrica de celulose Veracel, uma associação entre a multinacional sueco-finlandesa Stora Enso e a brasileira Fibria, comprou cerca de 200 mil hectares na Bahia para plantar eucaliptos. No Rio Grande do Sul, a Stora Enso comprou 46 mil hectares na faixa de fronteira com o Uruguai e a Argentina.
As pressões e a crise econômica mundial de 2008 levaram o governo a adiar a decisão sobre a revisão do parecer. Neste ano, um grupo de trabalho formado pelo Ministério Público Federal recomendou ao governo a alteração do texto. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi orientado a exigir dos cartórios que passem a informar ao Incra a relação de propriedades de empresas brasileiras com capital estrangeiro. No mês passado, o CNJ fez a determinação aos cartórios de todo o país.
Pela legislação vigente no país, a compra de terras por estrangeiros está restrita a limites bem claros. A partir de 50 módulos de exploração indefinida (MEIs), a aquisição tem que ser aprovada pelo Congresso Nacional. Considerando o módulo máximo, com 100 hectares, esse limite estaria em cinco mil hectares. Porém, há no Brasil empresas consideradas nacionais, mas com capital estrangeiro, que são proprietárias de áreas de até 200 mil hectares.
A série de reportagens “Terras estrangeiras”, publicada no Correio a partir de 9 de junho, denunciou a falta de informações e o consequente descontrole do governo sobre as aquisições de propriedades pelos gringos, registrando a ocupação desordenada e dissimulada em Minas Gerais, na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso. No Nordeste, as reportagens mostraram a ocupação agressiva do litoral cearense por megaprojetos turísticos, com a invasão de áreas virgens e de terras reivindicadas por comunidades indígenas, com a ajuda financeira do governo do estado.

Copiado do MST

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As fases de um combate

Ontem, ao assistir o programa eleitoral de Dilma, fiquei pensando sobre nossa missão aqui na internet.

Como é bom ver que as forças do povo brasileiro, agora, podem contar com esta arma gigantesca da comunicação que é a TV, e que produz, em poucos dias, a mais avassaladora derrota que os nossos adversários poderiam ter: a derrota na comunicação.
Sim, porque aquilo que eles querem manter – um Brasil atrasado, elitista, excludente, submisso, injusto, infeliz – é algo tão feio que precisam cobrir esta chaga com mil imagens e mil preconceitos, para que não brotem -e brotam sempre – e mais ainda que não vicejem as forças da mudança e da libertação.
Como no diálogo* do mito das cavernas, precisam nos manter tomando as sombras por homens e as imagens por fatos, para que creiamos que o que projetam seja a realidade e a realidade nos pareça mentira.
Fiquei, por isso, ao assistir o avanço triunfal da candidatura Dilma na televisão, pensando no que coube e no que agora cabe a nós – não acho hora de ficarmos de rapapés autoelogiosos, mas é preciso falar, para que pensemos juntos – que fomos a infantaria ligeira que enfrentou, fustigou, guerreou ousadamente na internet quando a vantagem de nossos adversários era dominar praticamente toda a mídia, todas as tevês, rádios e grandes jornais.
Embora o corpo peça, suplique, implore, não é hora de descanso.
Outro dia, quando Lula dirigiu sua mensagem de agradecimento aos internautas, pedindo-nos que sejamos “protagonistas deste novo cenário, onde cada eleitor tenha o direito de informar e de ser informado”  não nos falou apenas no passado, mas apontou-nos o futuro imediato.
Em que podemos ser protagonistas? Agora que já não o somos no maior dos combates, porque o nosso povo já tomou Dilma e Lula nos braços, qual o nosso desafio, a nossa missão, embora  tenhamos de manter nosso combate contra os mil truques e manobras que ainda podem e vão produzir?
Modestamente, acho que nosso papel protagônico, agora, é dar consistência à vitória que, inevitavelmente, virá.
Todos nós, a começar por quem, timidamente, começou a usar esta ferramenta maravilhosa da internet acumulamos conhecimento, capacidade de nos comunicarmos e, sobretudo, de trocarmos visões, opiniões e informações com quem nos lê e entre nós próprios, que mantemos estes blogs.
Aprendemos a colaborar, a trabalhar juntos, deixando de lado a falsa lógica de uma comunicação empresarial, competitiva. Cada um de nós se esforça para fazer melhor, para fazer mais, para trazer mais informações, análises, até mesmo brincadeiras, mas nunca fazemos isso para “vencer” um concorrente, para tirar “mercado”, “leitores” e “público” uns dos outros.
Citamo-nos uns aos outros, apoiamos uns aos outros, lutamos uns pelos outros, quando alguém é vítima de uma injustiça ou perseguição.
Aqueles a quem Gilmar Mendes chamou de “a turma da Kombi”, somos hoje centenas de milhares, milhões talvez.
E estes milhões de pessoas precisam fazer valer seu peso ante os outros milhões, os de reais, que se envolvem no processo eleitoral.
Todos aqui são testemunhas de que, tanto quanto é possível, separei o trabalho deste blog de minha própria disputa eleitoral, e vou continuar fazendo isso. Nunca cedi aos amigos que me diziam: “trate das questões locais, só, porque é isso que dá voto”. Negativo. Como é bom saber que, até às sete da manhã de hoje, o nosso tijolaço já foi lido em Caetité, na Bahia, ou em Floriano, no Piauí…
Gostaria, portanto, de refletir com todos: não é hora de ajudarmos a fazer com que a vitória de Lula e Dilma repercuta na formação de um Congresso coerente com os sentimentos que o povo brasileiro expressa nesta vitória?
Sinto-me livre para dizer isso, porque três quartos dos leitores deste blog estão fora do Rio de Janeiro e, portanto, não posso ter qualquer eleitoralismo pessoal e vazio ao tomar esta posição.
E, também, como integrante de um partido, não estou sugerindo que seja a ele destinado o voto.
Mas, sem medo de ser mal-interpretado, porque já estabelecemos aqui uma convivência de mútua confiança, acho que precisamos, cada um em seu Estado e todos nós, em todos os estados, com o nosso protagonismo, agora, dar um amanhã para Dilma no Congresso diferente do que Lula foi obrigado a ter.
Aqui no Rio há muitos candidatos corretos e firmes politicamente. Certamente há também em cada um dos estados brasileiros.
Ajude-os. Não se acanhe ou acomode. Cada um de vocês fez diferença no combate contra forças imensas. Precisa continuar a fazer, agora.
A luta política, depois da internet, não será mais a mesma. Não permita que, apesar disso, a luta no parlamento continue sendo marcada pela mesquinhez de interesses pessoais, pelos mandatos “privados”, pela impermeabilidade de deputados e senadores a esta troca rica e democrática de informação. Seja fazendo um blog, ou lendo-os, comentando, como nos disse Lula, ajudamos a informar e esclarecer o povo brasileiro.
Faltam menos de 40 dias para as eleições. As ruas serão invadidas por um mar de papel colorido e, nesse mar, os melhores, os mais independentes, os mais coerentes só terão a gotinha que suas posses minguadas permitem.
Ajude-os. Escreva aos amigos. Mencione-os nos blogs e nos espaços de comentários, não como um “marquetezinho” viral desses que são feitos por robôs eletrônicos e que empresas cobram pela quantidade de menções que alcançam, mas com argumentos, com emoção, com sinceridade.
Seja ele quem for – e isso inclui qualquer outro candidato, inclusive aqui no Rio de Janeiro – mencione-os nos comentários, explique quem são, indique-os com seu testemunho. O Tijolaço está aberto para todos, exceto para o que nitidamente for “spam”, é obvio.
Eu próprio, pela condição de candidato, tenho limitações neste espaço. Vocês, não. Assumam ativamente suas preferências e argumentos. Façam a diferença, como fizemos nesta eleição presidencial, quando o combate era mais duro e difícil.
* tinha escrito diálogo socrático, mas vem corretamente lembrar um leitor que quem o formaliza é Platão, descrevendo o diálogo entre Sócrates e Glauco, cuja leitura recomendo a todos.

Copiado do blog do Brizola 




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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

[Codex Alimentarius] Você está sendo envenenado

Quantcast
 
A partir de 01 de Janeiro de 2010 entrou em vigor o polêmico Codex Alimentarius. Mas você não sabe exatamente o que é isso, pois não? Pois é exatamente o que eles querem!
O Codex Alimentarius é um Programa Conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação – FAO e da Organização Mundial da Saúde – OMS.
Trata-se de um fórum internacional de normalização sobre alimentos – sejam estes processados, semiprocessados ou crus – criado em 1962, e suas normas têm como finalidade “proteger a saúde da população”, assegurando práticas equitativas no comércio e manuseio regional e internacional de alimentos.
Traduzido em miúdos, o Codex vai trazer severas restrições à nossa já precária LIBERDADE de escolha em termos de alimentação e prevenção/tratamento de doenças. Sem falar que considerações mais complexas podem ser feitas sobre o impacto dessas medidas no controle populational do planeta e na concentração de riquezas.

Objetivos

Os principais pontos que representará essa complexa rede de regulamentações, que, quando implementadas, serão mandatórias para todos os países membros, cerca de 170 – o que inclui o Brasil:
  • Suplementos nutricionais, como vitaminas, por exemplo, não poderão mais ser vendidos para uso profilático ou curativo de doenças; potências de qualquer suplemento liberado, estarão limitadas a dosagens extremamente baixas, sub-dosagens, na verdade, e somente as empresas farmacêuticas terão autorização para produzir e vender esses produtos (preferencialmente na sua forma sintética) em potências mais altas – no caso da vitamina C, por exemplo, qualquer coisa acima de 200mg será considerada “alta”, e será necessária uma receita médica para se poder comprá-la.
  • Alimentos comuns, como o alho ou o hortelã, por exemplo, poderão ser classificados como drogas, que somente as empresas farmacêuticas poderão regulamentar e vender. Qualquer alimento ou bebida com qualquer possível efeito terapêutico poderá ser considerado uma droga.
  • Alimentos geneticamente modificados não precisarão ser identificados como tal, e não saberemos a origem do que estamos comendo; a criação de animais geneticamente modificados também já consta dessa mesma pauta, ou seja, vai ser difícil saber que bicho se está comendo.
  • Aditivos alimentares, a maioria sintéticos, como o aspartame, por exemplo, serão aprovados para consumo sem que se tenha conhecimento dos efeitos a longo prazo de cada um nem das interações entre eles a curto e longo prazos.
  • Todos os animais destinados ao consumo humano, deverão receber hormônios e antibióticos como medida profilática; sabe aquele “gado orgânico”, criado solto em pastagens e tratado só com homeopatia?… nunca mais!
  • Todos os alimentos de origem vegetal deverão ser irradiados antes de serem liberados para consumo: frutas, verduras, legumes, nozes… nada mais chegará à nossa mesa como a natureza fez – tem gente brincando de Deus, mas desta vez não para criar, e sim para DEScriar.
  • Os produtos “orgânicos” estarão completamente descaracterizados, pois terão seu padrão de pureza reduzido a níveis passíveis de atender às necessidades de produção em grande escala; alguns aditivos químicos e várias formas de processamento serão permitidos; tampouco haverá obrigatoriedade por parte do produtor de informar que produtos usou e em que quantidades – rótulos não serão obrigatórios na era pós-Codex.
  • Para a agricultura convencional, os níveis residuais aceitáveis de pesticidas e herbicidas estarão liberados em níveis que ultrapassam em muito os atuais limites de segurança! Em outras palavras, estarão envenenando nossa comida.

Resumo dos Objetivos

Os objetivos do Codex Alimentarius incluem:
  1. Globalização das normas.
  2. Abolição da agricultura/criação orgânica.
  3. Introdução de alimentos geneticamente modificados.
  4. Remoção da necessidade de rótulos explicativos de qualquer espécie.
  5. Restrição de todos os remédios naturais, que serão classificados como drogas.
PARA QUEM DUVIDA DA EXISTÊNCIA DO CODEX:

Inmetro – Comitê Codex Alimentarius www.inmetro.gov.br/qualidade/comites/codex.asp

http://www.codexalimentarius.net/web/index_en.jspfonte: http://juizofinal.wordpress.com/2010/08/03/nova-ordem-mundial-codex-alimentarius-voce-esta-sendo-envenenado/

Copiado do blog: paisdaelitenews

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Codex


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O próximo passo da blogosfera

Reproduzo artigo de Luiz Carlos Azenha, publicado no blog Viomundo:

A Conceição Oliveira, do Maria Frô, definiu bem: os blogueiros mais velhos devem ensinar aos mais novos como fazer política; e os mais novos devem ensinar tecnologia aos mais velhos. Foi a respeito de um momento que considero simbólico no debate final do Encontro Nacional de Blogueiros, quando aqueles que queriam incluir a palavra “mídia colaborativa” na carta foram derrotados pela grande maioria. Perderam duas vezes, por não terem conseguido explicar o que queriam dizer com isso. Talvez não tenham tido tempo de fazê-lo. Vou tentar explicar esse distanciamento entre as gerações, que ficou evidente.

Quando leio os portais da grande mídia e mesmo quando leio a Carta Maior, a Caros Amigos e a CartaCapital na internet (as três com conteúdo editorial excelente), percebo que todos estão ainda na internet do século 20. Na internet 1.0. Na internet verticalizada , em que os editores decidem e os leitores lêem. Sim, há caixas de comentários. E há espaço para os leitores se manifestarem, enviando fotos e informações, em alguns portais. Mas esses espaços ainda refletem, acima de tudo, a transposição da lógica da velha mídia para o espaço virtual. O leitor está ali, mas ainda é tratado como se fosse hierarquicamente inferior aos jornalistas, aos editores e aos especialistas.

Para não cometer uma injustiça, noto o excelente blog do Emir, do professor Emir Sader, que foi ao encontro dos blogueiros; e as mudanças que Celso Marcondes fez, melhorando muito o site da CartaCapital.

Noto, também, que a lógica da velha mídia é reproduzida por muitos blogueiros. Aliás, ela fazia sentido quando a internet começou a se transformar em um espaço para furar o bloqueio dos barões da mídia. Muitos blogueiros se tornaram, eles próprios, micro-barões da mídia, com poder de veto sobre os comentários e a condução da linha editorial do espaço. Fazia sentido, quando não existiam ainda as ferramentas da internet 2.0, da chamada mídia colaborativa ou horizontalizada.

Quais são essas ferramentas? O twitter e o formspring, os microblogs que permitem a você trocar informações com outros internautas; as redes sociais como o facebook e o orkut, em que você se integra a uma comunidade de internautas; e ferramentas como o twitpic, a twitcam e o ustream, que permitem a você enviar e receber imagens de internautas e transmitir vídeo ao vivo enquanto interage com os leitores. Há dezenas de outras, essas são apenas as mais conhecidas.

O que significam essas ferramentas? Basicamente, interação.

Qual a consequência do uso delas por um blogueiro, seja jornalista ou não? Fica implícito que ele desce do pedestal, se iguala aos leitores, passa a ser apenas o coordenador do espaço, que na verdade é tocado pelos interesses dos leitores e comentaristas.

A longo prazo, seria o fim do jornalismo industrial. Seria, não, será. Talvez eu não viva para testemunhar isso, mas o papel tradicional da mídia, assim chamada por pretender fazer a mediação entre os diversos atores sociais, receberá um estaca no coração cravada pela “mídia colaborativa”.

As razões para isso residem no fato de que há uma infinidade de leitores muito mais qualificados do que eu ou qualquer blogueiro para escrever sobre engenharia, medicina e informática. Para fazer humor ou opinar sobre política. Para tratar de questões éticas ou legais. E essas pessoas começam a participar da blogosfera, criando seus próprios espaços ou comentando nos já existentes.

Como demonstrei no Encontro Nacional de Blogueiros, onde apresentei a minha “mala de ferramentas” (câmeras, gravadores, cabos de conexão etc.), quando quero carrego comigo uma emissora de rádio, de TV e um jornal. Quanto Assis Chateaubriand gastou para formar seu império? E o Roberto Marinho? Guardadas as devidas proporções, as novas tecnologias de informação permitem a um blogueiro ter seu mini-império informativo com um investimento total de menos de 5 mil reais.

Qual é a diferença essencial entre ele, blogueiro, e o jornalista que trabalha em uma corporação? A liberdade para falar e escrever o que quiser, desde que se submeta de maneira elegante à chuva de críticas de seus próprios leitores, quando for o caso. Sim, porque os leitores deixam de ser apenas receptores de informação. Eles opinam, criticam, acrescentam e anunciam na caixa de comentários. Funcionam como abelhas em um processo de polinização. Trazem sugestões de textos, insights e informações que muitas vezes se transformam em posts, ou seja, os leitores se tornam co-responsáveis pelo espaço.

É justamente por isso que, como notou o Rodrigo Vianna, do Escrevinhador, talvez o foco do Segundo Encontro Nacional de Blogueiros deva ser na troca de informações entre os blogueiros sobre essas novas tecnologias. Fizemos alguns painéis que tiraram o fôlego do público, tantas eram as novidades sobre as quais falamos.

Já antevejo o passo seguinte: esses blogueiros, futuramente, poderão ser os professores dessas tecnologias em seus bairros, em escolas técnicas ou junto aos movimentos sociais.

Essas tecnologias, obviamente, são politicamente neutras, mas devem ser apropriadas para que um número cada vez maior de brasileiros possa produzir conteúdo informativo e participar direta e ativamente do trabalho de aprofundamento de nossa nascente democracia.

Copiado do blog Altamiro borges
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Vale é incluída em cadastro de inadimplentes do governo

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) colocou hoje o nome da empresa no Cadin por dívida de R$ 360 milhões em juízo


O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) incluiu hoje [23.08.2010] a Vale no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, o Cadin, por conta de uma dívida da companhia que é debatida na Justiça a respeito do pagamento de royalties no Pará.

Os valores em discussão são de cerca de R$ 360 milhões em pagamentos de diferenças entre o valor pago e o cobrado pelo governo acerca da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Naturais (CFEM), como é chamado o royalty do setor.
Com o nome no Cadin, a Vale pode ficar impedida de participar de licitações do governo federal e também ganha uma série de obstáculos para negociar com a União.
A discussão judicial acerca do pagamento é feita na comarca de Parauapeba (PA). O DNPM conseguiu derrubar recentemente uma liminar concedida à Vale que a protegia contra o pagamento da diferença da CFEM em questão. Com isso, incluiu o nome da empresa do Cadin.
Em nota enviada ao iG, “a Vale esclarece que há divergências entre a interpretação da legislação por parte da empresa e do DNPM. A Vale tem recolhido os valores incontroversos de forma regular e exercido seu direito de defesa contra cobranças que considera indevidas.”
A discussão entre DNPM e Vale deve se estender ainda judicialmente, porque a Vale vai recorrer da decisão em primeira instância. Além disso, a Vale ainda poderia acionar o Departamento por tê-la incluído no Cadin sem que o fato tivesse transitado em julgado, ou seja, que tivesse decisão nos tribunais superiores.

Fonte: I

Copiado do blog Lingua Ferina



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O prejuízo infindo da venda da Vale

Clique para ampliar e ver como fica o lucro da Vale

Tijolaço - 25/08/2010

Brizola Neto


Acabo de ler na Folha.com que pela primeira vez a Vale ultrapassou a Petrobras como a maior empresa exportadora brasileira, nos primeiros sete meses do ano, graças à alta do preço dos minérios.

Essa notícia nos revela uma vez mais o imenso potencial da Vale, quando se completam 13 anos da venda da Companhia Vale do Rio Doce por Fernando Henrique Cardoso a preço de banana.

A maior mineradora do país, orgulho nacional e símbolo da Era Vargas que Fernando Henrique tanto se empenhou em destruir, foi vendida por meros US$ 3,3 bilhões, o que ela fatura atualmente em apenas um trimestre. Só no segundo trimestre desse ano, o lucro líquido da Vale foi de US$ 3,75 bilhões.

Antes que algum privatista de plantão alegue que o faturamento da Vale atualmente se deve a alguma eficiência de gestão, é bom ressaltar que a empresa já era grande quando estava em mãos do Estado e que seu crescimento nos últimos anos se apoiou essencialmente no aumento da demanda por minérios, sobretudo da China e sua gigantesca expansão.

Assim como a Petrobras é uma das maiores empresas de petróleo do mundo e atua de acordo com os interesses do povo brasileiro e não de seus acionistas privados, a Vale seria de importância estratégica para o governo na sua política industrial e social.

De minha parte, lutarei sempre contra este crime de lesa-pátria, e como parlamentar insistirei numa CPI para investigar a privatização da Vale. O gráfico que reproduzo acima foi feito em 2007, quando a privatização criminosa completou 10 anos. Acredito que agora, com mais informação, o percentual do brasileiros favoráveis à retomada da companhia seja ainda mais elevado.

É sempre importante lembrar que a privataria generalizada das empresas públicas brasileiras não foi obra apenas de Fernando Henrique Cardoso, mas de todo o seu governo, e de um integrante em particular, que, entre outras mentiras, tenta se passar às vezes como estatista, mas foi o maior incentivador da venda da Vale, nas palavras do próprio presidente-vendedor

Seu nome é José Serra.


 PITACO DO ContrapontoPIG.

Veja no vídeo abaixo a participação de Zé Serra na venda da Vale




Copiado do blog ContrapontoPIG 




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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sacco e Vanzetti



" Eu vos saúdo Nicola e Bart
" Para sempre em nossos corações resto aqui

"No momento em última e definitiva é sua
" Agony é o seu triunfo ! "
(Joan Baez)



23 de agosto de 2010 
Hoje comemoramos os 83 anos desde que a política de Nicola Sacco ( 1891-1927 ) e Bartolomeo Vanzetti ( 1888-1927 ) no corredor da morte em Charleston, Massachusetts. Foram capturados durante uma incursão policial há sete anos em 1920. Convencidos de anarquistas e dodgers projecto foram o bode expiatório ideal para a política racista e reacionária de um proibicionista América.

Listas - de proscrição, Parece - do Ministério da Justiça e S. U. Secret Service , assim como Sacco e Vanzetti foram Andrea Salsedo (1884 - 1920) , Galleani Louis (1861 - 1931) e outros pensadores anarquistas e ativistas. Salsedo era da informação, mas não era um jornalista, se tivesse vivido hoje seria um blogueiro, foi " suicidou "pelo FBI caiu depois de ser torturado , o 14 º andar do edifício de Park Row , em Nova York. A história deste avant la lettre blogger - Como muitos pensadores anarquistas da época - lembra muito o de Giuseppe Pinelli (1928 - 1969) , "suicídio" de si mesmo a polícia italiana . Vamos lembrar também Salsedo neste post.

Fotos símbolo da imigração para a América
Os acontecimentos de '20 não ocorreu por acaso, mas foram determinados pela natureza dual da imigração os E.U. , por um lado a economia dos ruidosos anos 20 exigiu força de trabalho em grandes quantidades a um baixo custo , o outro estava relutante em alargar direitos de cidadania aos estrangeiros , quer em razão do fato de que na América a lei se aplica à terra : os nascidos no E.U.A. é um cidadão americano. Escusado será dizer que uma massa de trabalhadores, portadores da consciência de classe , em contraste com os valores burgueses de 1776 não temer um pouco. Um John Reed, fundador do Partido Comunista Americano, morreu em sua Moscou , em 1920, confirmaram os receios dos conservadores dentro de um puritanismo vigente.


"No centro de imigração , tive a primeira surpresa . Os emigrantes foram classificadas como muitos animais. Nem uma palavra de carinho , incentivo, para aliviar o fardo de dor que pesa muito sobre quem acaba de chegar na América ". ( Bartolomeo Vanzetti )

Entalhe e Bart eles se conheceram em 1916 , Bartolomeu teve de inventar o trabalho da peixaria , porque ninguém queria contratá-lo , porque ele foi colocado na cabeça de uma greve em Plymouth. Sacco estava fazendo relativamente melhor, mas , vindo de uma família de agricultores, próspero comércio de azeite e vinho na Itália,[1] trabalhava dez horas por dia, seis dias por semana em um sapato ( um luxo para um trabalhador , ainda hoje , pense na conversa dos trabalhadores e dos imigrantes na Itália, Alemanha e Reino Unido) era casado e tinha dois Rosina Zambelli filhos, Dante e Inês. Nick e Bart lutaram juntos em um anarquista ítalo-americano coletivo e seguir o voo de '16 no México para escapar do serviço militar . Foi para retornar ao Massachusetts que o problema começou. Foram incluídos nas listas de proscrição do governo , entre eles a impressora Andrea Salsedo .

Andrea Salsedo
Estudante anarquista Luigi Galleani , Andrea participa activamente na Itália para a realização do "Clube do Povo " um projeto para dar uma educação adequada à classe operária e proporcionar um espaço para falar sobre cultura e política. Em 1910 chega Galleani em Nova York, onde fundou o jornal " Crônica Subversiva ", cuja cabeça era todo um programa . Para obter o número de leitores e de conteúdo de caráter monotemático não pode ajudar, mas a justaposição de retorno - para quem não arrisca - com o blog de hoje. Esta abordagem se encaixa mais se pensarmos que o esnobismo que os jornalistas casta sempre ocorre quando o jornalismo cidadão sucede quando não pode. O encontro com o caso Sacco e Vanzetti em 1916 no México, onde até mesmo o Galleani Salsedo , juntamente com outros anarquistas e escapar da alavanca. Voltar a Nova York após a publicação de alguns panfletos subversivos como " o Plano e as palavras " 25 de fevereiro de 1920 foi preso e morto durante um interrogatório , como já mencionado. Parece incrível : não estamos falando Metternick da Áustria ou a Prússia de Bismarck , esses eventos ocorreram em os E.U. , cujas histórias sobre o sonho americano como moscas atraiu milhões de imigrantes de todo o mundo .

Sacco e Vanzetti, após o assassinato do Salsedo organizou uma reunião para 09 de maio , em Brockton, para se certificar de que o incidente não permanecem desconhecidos e impunes , mas foram divulgados. Os dois não poderia imaginar que a demanda por justiça era punível com a morte na América. Com isso em mente é organizada raid em que foram capturadas, para evitar a manifestação acontecer , foram encontrados na posse de panfletos subversivos ( panfletos que anunciavam a reunião) e armas. Ele preso com cuspe A acusação de assassinato carrega um driver de valores, durante um assalto teve lugar um mês antes.

cena do crime
Na manhã de 24 de dezembro de 1919, entre sete e trinta e sete de rua, dois homens, equipados com uma espingarda e outro com um revólver, atacou um caminhão da folha de pagamento , contendo cerca de 30 mil dólares . - Já podemos ver que este anarquista jamais poderia atacado , por ir contra seus princípios para roubar pão para os trabalhadores. Os ocupantes do caminhão , os funcionários do sapato branco Company, era um motorista , um contador e um guarda de segurança. O caminhão bateu em um poste telegráfico , enquanto um tiroteio entre assaltantes e lavra segurança. Em seguida, os ladrões fugiram. Tudo aponta para o novato , mas como era a preparação de um grupo organizado , em vez de os anarquistas, os bandidos real. Na verdade, a tarde de 15 de abril de 1920, tentou novamente. Há trabalhadores que estão trabalhando para construir um novo restaurante em Pearl Street e na frente deles está um tiroteio entre a caixa de Slater e Morrill ( fábrica de calçados ) e cinco assaltantes. O carro usado para o tiro é o mesmo que 24 de dezembro. Desta vez o roubo bem-sucedido, mas a terra continua a ser o protetor eo valor contabilístico da porta do caminhão, morreu. Este é um assassinato , um crime no estado de Massachusetts é punido com a morte. A perseguição policial , os ladrões de intimidade com os braços abertos para uma passagem de nível na frente do trem e , em seguida, plantar os carros da polícia , um deles olha para disparar seus pneus. O carro usado no assalto foi encontrado mais tarde abandonado, é um Buick, um modelo da General Motors. Entre os ativistas políticos arquivado pelo FBI são Coacci e Boda , os dois se conhecem , o segundo realmente tinha um Buick eo primeiro estava fazendo preparativos para retornar à Itália . Quando, durante o ataque são capturados, Sacco e Vanzetti ser amigos dos dois, mas ambos negam o medo, só porque ele tinha sido morto Salsedo, dar declarações contraditórias , o que é suficiente para acusá-los de serem os assaltantes que mataram os drivers da porta valores.[2]

Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti
O julgamento foi uma farsa. Nenhuma das testemunhas do roubo reconheceu em ambos os autores do roubo , apenas para argumentar em contrário do tribunal. Especialistas em armas reconheceu que as armas são as duas não poderiam ter sido utilizados no assalto , mas como era compatível com o tipo de marcadores utilizados, a acusação foi o suficiente. Em 1925, uma verdadeira confissão de cúmplice do roubo , o prisioneiro porto-riquenho Celestino Madeiros foi completamente ignorado. Ambos Sacco Vanzetti tinha álibis bom que mostram que o dia como eles poderiam estar em cena. Vanzetti , em especial de acordo com uma testemunha - embarcou pela acusação - foi dirigir o Buick. Pena que Vanzetti nunca tinha conduzido um carro em sua vida, que parece um pouco estranho para alguém que faz com que o portador de um bando de ladrões .

Em essência, a sentença de morte não foi entregue à justiça , mas com a intenção política clara para o impedir. A mesma intenção política de quem executa uma represália : "Se alguém castiga para educar cem "Said disse um deles. Os destinatários deste potencial foram os americanos que nem sequer falam a língua do estado, ( os bárbaros , tal como definido pelos outros gregos e latinos em si ), mesmo se a verdade Vanzetti foram adoecer e não só teve um certo domínio do idioma, mas também uma boa cultura . Entre suas leituras são todos os grandes pensadores do século passado e de sua época : Marx , Darwin , Hugo, Zola , Tolstoi , etc . Memorável será seu último discurso no tribunal a condenação à morte :


"Eu não gostaria que um cachorro ou uma cobra , o menor eo miserável criatura na Terra , eu não gostaria que qualquer um desses que eu tinha de sofrer por coisas que eu não sou culpado . Mas a minha convicção é que eu sofri por coisas que eu sou culpado . Eu sofro porque eu sou um radical , e na verdade eu sou um radical , eu sofri porque eu era um italiano , e na verdade eu sou um italiano ... e se eu pudesse renascer duas outras vezes , gostaria de viver novamente a fazer as mesmas coisas que eu já fiz . Eu terminei . Obrigado. "

Ser italiano (então máfia) e anarquistas (em seguida, os promotores do caos) Foram mais do que motivação suficiente . Felizmente eles não estavam mesmo em cores!

O juiz Thayer
O material principal responsável por esse crime foi juiz Thayer : - você viu que eu fiz para aqueles bastardos anarquistas dois no outro dia ? " - Em todo o mundo , comunistas , anarquistas, cientistas e intelectuais de todos os tipos foram cometidos para mover a consciência contra esse julgamento . Houve algumas manifestações em todas as praças e em frente às embaixadas E.U. , incluindo cartas-bomba . O Governador do Massachussetes , Alvan T. Fuller , que poderia ter impedido a execução se recusou a fazê-lo , finalmente, depois de uma comissão especial que montou para analisar o caso, reafirmou as razões para a condenação.[3] Durante dez dias , em Boston, após ter sido condenado à execução , a polícia teve por objetivo as armas contra a multidão , o governador chegou a mais de 400.000 cartas de todo o mundo . Quase meio milhão de cartas em um mundo que conhecia como a mídia só a imprensa , o telégrafo e rádio, que recentemente teve seus primeiros passos. Entre os intelectuais que apoiaram Nick e Bart se lembra Bertrand Russel, Bernard Shaw e HG Welles.

Em 23 de agosto de 1977 , cinqüenta anos a partir deste assassinato ( assim como o resto todas as sentenças de morte ), o então governador de Massachusetts, Michael Dukakis , declarou que a decisão nada: " Eu declaro que qualquer estigma e da vergonha deve ser apagada para sempre todos os nomes de Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti ". Mais vale tarde do que nunca. Salsedo ser para os próximos 50 anos , talvez.


máscaras Funeral de Sacco e Vanzetti

Notas
[1] http://it.wikipedia.org/wiki/Sacco_e_Vanzetti # L.27imbarcazione
[ http://www.torremaggiore.com/saccoevanzetti/2.html 2]
http://it.wikipedia.org/wiki/Sacco_e_Vanzetti [3 ] # Verdetto_condizionato



Sitography
http://www.torremaggiore.com/saccoevanzetti/storia.html
http://latradizionelibertaria.over-blog.it/article-33060106.html
http://www.willowpondfilms.com/sacco_and_vanzetti.html
http://www.ecn.org/contropotere/75saccoevanzetti.htm
http://www.anarca-bolo.ch/a-rivista/315/42.htm
http://www.anarca-bolo.ch/a-rivista/322/44.htm
http://ita.anarchopedia.org/Sacco_e_Vanzetti
http://it.wikipedia.org/wiki/Sacco_e_Vanzetti
http://it.wikipedia.org/wiki/Andrea_Salsedo
http://it.wikipedia.org/wiki/Luigi_Galleani
http://it.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Pinelli
http://www.ecn.org/contropotere/giuseppe_pinelli.htm

Copiado do blog Anarchy in the UK


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Sacco e Vanzetti


Filme sobre a história de dois anarquistas italianos mortos no dia 23 de agosto de 1927 pela justiça americana. Hoje assinala os 83 anos de suas mortes.

Devido a dificuldade de ver o fileme de uma só vez, voce podera ver em 14 partes clicando aqui 




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Dilma Rousseff



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Eleitor tem que saber mais sobre documentos para votar

Uma minirreforma eleitoral criou para as eleições deste ano a obrigatoriedade de levar um documento com foto, além do título de eleitor, no momento da votação, o que pode significar um complicador para muitos brasileiros.
Em primeiro lugar, porque se está mudando uma regra de anos. Para votar em todas as eleições depois da democratização do país, bastava um documento reconhecido em todo o território nacional, que não precisava sequer ser o título de eleitor. Votava-se com a carteira de identidade, de trabalho, o passaporte ou a carteira de motorista.
A partir do momento em que se altera uma regra elementar como essa, seria preciso uma grande campanha de massa, iniciada bem antes das eleições, talvez com um ano de antecedência, para que as pessoas assimilassem a nova conduta que terão que adotar. Mas não foi isso o que aconteceu. O TSE lançou uma campanha publicitária no dia 31 de julho, que contém várias peças sobre voto consciente, voto em trânsito e papel de cada um dos representantes que o povo elegerá, e apenas uma sobre a necessidade de dois documentos, que é a mais necessária e urgente.
Ainda não a tinha visto e fui encontrá-la no YouTube. Fiz uma pesquisa informal junto a pessoas próximas e ninguém lembrava de ter visto qualquer propaganda sobre a exigência de um documento com foto além do título de eleitor. Assim, acho que a população poderá não estar esclarecida até o dia da votação e ser surpreendida quando chegar à cabine de votação.
O outro complicador que a medida traz atinge diretamente as pessoas mais simples e dos lugares mais distantes dos centros urbanos, que muitas vezes não dispõem de um documento com foto, mas têm o seu título de eleitor bem guardado para uso em cada eleição. Ou então não possuem o título eleitoral, mas têm ao menos um documento com foto e estão habituadas a votar assim. Será que a informação da nova necessidade chegará a cada canto do país de forma clara e em tempo hábil?
O TSE gasta muito com processos sofisticados como a identificação biométrica que será utilizada esse ano em 34 municípios, mas evita medidas simples como um comprovante impresso do voto para possíveis verificações ou uma campanha mais ampla e eficiente para informar os brasileiros sobre uma mudança essencial como essa no exercício do direito do voto.

Fonte: Tijolaço O blog do Brizola 


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domingo, 22 de agosto de 2010

Mino: Dilma é a guerrilheira, ainda

O Conversa Afiada reproduz artigo do Mino na Carta Capital:

A guerrilheira, ainda

Mino Carta 20 de agosto de 2010 às 14:40h

Por que a revista da Globo desenterra o passado da candidata de Lula?

O passado de Dilma. Documentos inéditos revelam uma história que ela não gosta de lembrar: seu papel na luta armada contra o regime militar. Para explicar a foto em branco e preto estampada na capa de uma Dilma mocinha é o que nos conta a revista Época da semana passada. Não costumo ler a publicação da Globo, mas, alertado pelo leitor Wilson Moreira, de Curitiba, desta vez vou a ela, tomado de curiosidade.

Por que a semanal de uma empresa de comunicação devota da candidatura de José Serra à Presidência da República entrega-se à evocação do passado da antagonista? Haverá quem diga: todos sabem que a candidata de Lula militou na luta armada contra a ditadura e as reportagens de Época se destinam a esclarecer os fatos, documentos à mão. Obra oportuna, portanto. Meritória. E não seria o caso de dizer necessária?

A mídia da Globo não declina a devoção a que me referi acima. Pelo contrário, como o resto dos seus mais ilustres companheiros midiáticos, não perde a ocasião de declarar sua isenção, a qual seria própria do jornalismo verdadeiro, fator indissolúvel da profissão. Trata-se de besteiras dignas de figurar no Febeapá do saudoso Stanislaw, mas as besteiras, abundantes nas nossas paragens, pesam menos, muito menos que a hipocrisia.

Certo é que o qualificativo guerrilheira baila na boca dos frequentadores dos recantos finos para acompanhar o nome da candidata de Lula, quando não é suficiente para identificá-la por si próprio, como seria Perigo Público nº 1 nos tempos de Al Capone.

Leio os dois textos que compõem a reportagem, um sobre a Dilma guerrilheira, outro sobre a Dilma prisioneira. Bem trabalhados, eu diria sem ares de professor. O que me intriga é a pensata. A ideia que pautou os diligentes repórteres. Não, não solfejarei que gostaria de apostar em razões do mais puro jornalismo, voltado à missão de iluminar o caminho dos leitores. Aí eu mesmo mergulharia em hipocrisia.

Confesso que me toma, a soprar na zona miasmática situada entre o fígado e a alma, a convicção de que o intuito de Época foi oferecer munição à campanha de Serra e à ojeriza dos eleitores que apreciam a repressão e temem os reprimidos. Dilma, aliás, nunca pegou em armas e não portava uma na hora da prisão, conforme o depoimento de quem a prendeu. Sem contar que um ou outro dos entrevistados não me pareceram confiáveis, porque ressentidos, presas de velhos rancores.

Pois é, a guerrilheira. Não sei se, de fato, Dilma Rousseff não gosta de lembrar o passado. Sei, porém, que não tem razão alguma para se envergonhar dele. Alguém disse que os moços dispostos a se engajar na luta armada pretendiam transformar o Brasil em “um Cubão”. Sim, a revolução castrista empolgava mínima parte da juventude brasileira, nacionalista a seu modo e prisioneira do confronto entre os dois impérios, URSS e EUA, este para nós, na função de seu quintal, significava a condição de súdito colonizado. A sujeição.

Cuba não é um Brasil, e a revolução de lá foi popular em uma acepção aqui impossível. As diferenças são evidentes e nem por isso foram percebidas por aqueles jovens inquietos que pretendiam enfrentar uma ditadura capaz de ser sanguinária, e sempre ancorada no apoio americano. Inviável apostar então, no país-continente, na adesão de um povo resignado, herdeiro da escravidão.

Digamos que foram sonhadores destemidos, jovens no entanto, em um momento histórico que incendiava o mundo ocidental e que via o Brasil e a América Latina entregues a ditaduras exercidas com extrema violência e com a bênção de Washington. Até Guevara acreditou em uma solução de verdade irrealizável e morreu, assassinado e solitário, cercado por olhares indiferentes. O povo só sabia viver sua miséria.

A história da humanidade é pontilhada pelo exemplo de jovens que ousaram até limites extremos para combater a prepotência. Muitos deles, inúmeros, são celebrados como heróis no mundo todo. Por exemplo, os maquis franceses e os partigiani italianos. Guerrilheiros contra as ditaduras de Hitler e Mussolini, e na maioria de esquerda.

Está na hora de reconhecermos, uma vez por todas, os nossos heróis, acima da retórica dos tradicionais, e espero obsoletos, donos do poder, e a hipocrisia da mídia que os interpreta. O Brasil não virou um Cubão, mas quem lutou contra a ditadura entra na galeria. •

P.S.: O editorial da Folha de S.Paulo de quinta 19 pretende que, ao escolher Dilma, Lula portou-se como se fosse possível tratar a política qual vida familiar ao apresentar “uma candidata que ninguém conhece”. Se fosse, o presidente teria agido como os donos da mídia que colocam seus filhos na direção de jornais, revistas, tevês. Teste: o autor do editorial é: A) Santo; B) Poeta; C) Esquecido.


Copiado do blog Conversaafiada

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