buscado no Gilson Sampaio
Via PCB
Como
se não bastassem os leilões de petróleo, marcados para os dias 14 e 15
de maio pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
( ANP), que vão entregar 30 bilhões de barris de petróleo, o governo
brasileiro e a direção da Petrobrás entregarão os terminais secos da
Transpetro (Osbra, Oslapa, Ospar, Tevol)
Os
30 bilhões de barris a serem leiloados na 11ª Rodada de Licitações da
ANP são equivalentes a duas vezes a reserva provada da Petrobrás, sem o
pré-sal e acima do PIB brasileiro.
Os terminais
secos são os mais lucrativo no Sistema Petrobrás, provavelmente por
serem processo automáticos que utilizam muito pouco a força de trabalho,
diferente dos terminais molhados. O Brasil construiu sua malha de dutos
durante anos, e com investimentos pesados de dinheiro público no setor.
Tais recursos poderiam ter sido investidos em saúde, educação,
segurança pública. Esse investimento é parte fundamental na logística de
distribuição de derivados de petróleo no país. Vamos privatizar esses
dutos para depois pagar para utilizá-los?
E mais: tais
decisões estão sendo tomadas sem nenhuma discussão e acolhimento de
opiniões da sociedade e seus representantes. As privatizações de
Fernando Henrique Cardoso, que trouxeram tantos prejuízos aos
brasileiros, eram precedidas de todo um arcabouço legal. Talvez por
isso, FHC não conseguiu vender nenhuma unidade de negócio da Petrobrás.
Graça Foster criou uma gerência que, ironicamente, leva o nome de Novos
Negócios, que decide a venda de ativos: campos de petróleo, refinarias,
terminais, entre outros.
Além de privatizar a Petrobrás, a gestão de Maria das Graças Foster deprecia a companhia:
o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Sr. José Carlos Cosenza,
divulgou, em 15/02/2013, noticia na chamada principal do jornal Valor
Econômico (um dos mais importante do setor econômico), com a seguinte
declaração: “Petrobrás terá déficit comercial até 2020”. Se essa
declaração mentirosa fosse feita numa empresa séria da administração
pública ou numa empresa privada, o referido diretor seria sumariamente
demitido. Mas Cosenza está em sintonia com o governo brasileiro e com a
direção da Petrobrás.
Essa declaração do
Cosenza, com certeza, causou mais prejuízo à Petrobrás do que os
recentes vazamentos de óleo dos terminas. Nestes terminais, os
operadores envolvidos estão sendo ameaçados de punição pelos prejuízos
causados, mesmo o acidente tendo sido uma fatalidade. Agora, qual será a
punição para o diretor Cosenza, autor de uma declaração desastrosa à
imagem da Petrobrás?
A Federação Nacional dos
Petroleiros (FNP) e o Sindipetro-RJ enviarão, urgentemente, ofício a
respeito da situação dos terminais, com pedido de esclarecimentos. O
Departamento Jurídico do Sindipetro-RJ, bem como o da FNP, estudarão a
possibilidade de argüir, na Justiça e no Ministério Público, sobre a
venda dos terminais e de todos os ativos da Petrobrás através da
Gerência de Novos Negócios, bem como responsabilizará o Diretor de
Abastecimento da empresa, José Carlos Cosenza, pelos prejuízos causados à
imagem da Petrobrás.
Fonte: Surgente nº 1215-G (3/5/13), boletim do Sindipetro-RJ
Um comentário:
Esse é mesmo Cosenza que quando gerente geral da REPAR na sua administração houve um vazamento gigantesco de petróleo no rio Barigui. Causando para a Petrobras um prejuízo estimado em R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais)e como prêmio hoje ele diretor executivo. Essas gerências vivem fazendo merda só que em vez de cairem para baixo eles caem para cima. É o que dá fazer política e produzir combustíveis.
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