buscado no Gilson Sampaio
Via Hora do Povo
Bondosa com as múltis, a ANP ameaça a Petrobrás com a perda de concessão de área
A
Agência Nacional do Petróleo (ANP) deu seis meses de prazo para a
Petrobrás apresentar um novo Plano de Desenvolvimento para o Campo de
Jubarte, sob pena da estatal perder a concessão.
Descoberto
em janeiro de 2001, o Campo de Jubarte já tinha um prospecto aprovado
desde 2003. A alegação da ANP para fazer pressão sobre a estatal
brasileira é que quase todos os campos do Parque das Baleias, na porção
capixaba da Bacia de Campos, contém um único reservatório do pré-sal.
O
novo Plano de Desenvolvimento que está sendo exigido da Petrobrás
deverá incorporar diversos outros campos do Parque das Baleias, que
serão considerados a partir de agora áreas do Campo de Jubarte. São eles
os campos de Baleia Anã, Baleia Azul, Baleia Franca, Cachalote,
Caxaréu, Jubarte e Pirambu.
A decisão, tomada em
reunião de diretoria dia 5 de fevereiro, determinou também que a
cobrança das participações governamentais da concessionária e a sua
distribuição aos beneficiários legais tenha os novos efeitos
contemplados a partir da produção de março para os royalties e a partir da produção do segundo trimestre de 2014, para a participação especial (PE).
A
ANP também está investigando se houve irregularidades na operação do
Campo de Baleia Franca. Com isso, determinou que a Superintendência de
Desenvolvimento e Produção (SDP) autue a Petrobrás para que sejam
apurados indícios de que a empresa não teria autorização para iniciar a
produção na área.
O extremo rigor da ANP com a
Petrobrás não é o mesmo quando se trata de multinacionais. Por exemplo, a
agência autorizou ilegalmente em 2012 que as multinacionais Shell
(anglo-holandesa) e Total (francesa) ampliassem a área de exploração,
grilada da União por elas. Quando veio à tona que a Shell estava
explorando a área ilegalmente, a ANP voltou atrás e recomendou que a
multinacional fizesse tratativas para um acordo com a União, mesmo
sabendo que isso só pode ser feito com leilão. Caso contrário, a área
deve ser entregue à Petrobrás, conforme a legislação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário