por Jader Resende
Pra suavizar um pouco esse pesado clima de
políticas presumidamente confiáveis, nada como falar sobre sistema
livre.
Que não podemos trabalhar livremente nossas
ideias nem mesmo questioná-las, isso todos sabem.
Somos seguidamente interpretados pela lei do lucro
imediato e mais fácil, somos sufocados pelas manipulações dos
poderosos ou dos que vivem a sombra deles.
É fundamental expor a prisão em que vivemos.
Sentimos na pele a dominação total dos nossos passos e pensamentos.
Viver numa sociedade onde a dignidade alheia vale
muito pouco, podemos sim, cuidar do outro, agora e para o futuro. A
educação dos jovens poderá fazer brilhar lampejos de luz em gerações futuras.
Arquivo livre é viável, única arma de defesa da
nossa vulnerabilidade diante do sistema proprietários, pelo menos é
a única alternativa.
Uma empresa 100% proprietária, quando usada seja
para qual fim for, será dominada pelo proprietário, ele estipula sem
consideração ao mercado o seu preço e ponto final.
O controle do mercado como podem constatar, pode
ser feito através da incompatibilidade intencional dos sistemas
operacionais, dos milhares de supostos programas gratuitos que na
verdade ao pouco alicia e escraviza todos nós, lentamente amarra
este mundo binário a seu modo. Esta incompatibilidade pode provocar o
desaparecimento da nossa história.
O arquivamento de toda história estará
sequestrado em mãos de quem não conseguimos imaginar.
Enfim, tudo é gravado em sistemas, nossos
movimentos e documentos estão lá, quando um
proprietário resolver não aceitar sistemas passados ou de
concorrentes que há muito não existem. Como ficara todo passado ali
gravado? Acredito que nenhum governo terá forças para impor a
História do seu povo, se por acaso até lá existir.
Quem nunca ouviu esta frase. “Não tenho culpa é o sistema", "O sistema caiu” ou “O sistema só liberou 2 vagas”.
Vamos imaginar uma pessoa a espera de um avião
para uma planejada e longa viajem. No aeroporto resolve fazer uma
transação bancaria, perto do fim, cai o sistema, seus documentos
ficam retidos, não tem como terminar, cancelar ou ter seu cartão de
volta, sem ele não pode viajar, é obrigado a esperar e só muito
horas depois volta ao ar e uma trabalheira surge para remarcar a
viajem e seus planos, isto se for a recreio do contrario nem é bom
falar...
Comemos, dormimos, cuidamos da saúde, lemos,
ouvimos musicas e nos divertimos somente o que determina o poder, pouco ou nada podemos questionar e podemos perder
nosso passado e nossas tradições.
Tudo não passa de manipulação e domínio.
Enfim, tudo na internet e principalmente sistemas e programas estão
atrelado ao poder econômico.
Quem controla os sistemas proprietários, tem nas
mãos a indústria, engenharia e meio mundo de operários, é muito
dinheiro e poder rolando pra um só lugar.
É de grande importância o conhecimento do
sistema livre no aprendizado dos jovens nesta geringonça chamada
computador e seus programas. Através da educação pode-se fornecer
elementos para reforçar os valores sociais e a liberdade de criação,
não só agora como no futuro.
Temos em comum um grande inimigo e ele se chama
poder econômico e pouco pode-se fazer a não ser conhecer as
entrelinhas do sistema de domínio, ter consciência do que acontece
a nossa volta e tentar levar para gerações futuras conhecimentos
transmitidos através da importância dos códigos e do
sistema livre.
Mesmo com toda essa parafernália logaritima, a
realidade de Matrix pairando sobre as nuvens e 1984 chegando
sorrateiramente, continuamos a ver gerações desvalorizando a
cultura e uma rica fonte de conhecimentos livres.
Devemos lutar contra a ignorância, principal
requisito imposto pelo poder aos 99%. Sentimos no dia a dia a destruição da cultura
e do conhecimento pela imposição da ignorância.
A arte imita a vida e vida imita a arte, assim
vamos levando nosso presente.
Acredito que em 2006 Mel Gibson realizou o filme
“Apocalipse”.
Retrata a decadência e os últimos dias da
civilização Maia antes da chegada dos espanhóis.
Os sacerdotes e governantes supremos dos Maias,
donos da vida e da morte de um povo, dominavam a ciência entre
outras artes e sabedores da eclipse fazem sacrifícios humanos para
acalmar os deuses e manter o povo sob domínio do medo e da
ignorância.
Em nome dos deuses, impôs centenas de
sacrificados que duraram dias e noites antes da eclipse.
Terminada a eclipse o sol volta a brilhar como
prometera os sacerdotes, quando o caçador de pessoas para serem
sacrificados pergunta ao pé de ouvido do sacerdote chefe.
— E agora o que eu faço com o restante de
presos e ele responde.
— Não precisamos mais deles. Leve para a floreta e mate como quiser.
O medo e ignorância do povo foi e ainda é forma
de domínio
O final do filme leva também a dominação
através da ignorância.
Os maias esperavam os deuses chegar na terra
trazendo uma nova vida para todos e a chegada dos espanhóis era para
eles a chegada dos deuses em forma de homens. Ai, começa a extinção
do povo Maia e termina o filme.
É muito triste a sensação de impotência diante
das gerações perdidas que nós rodeia diariamente, terrivelmente
vulneráveis diante da força bruta em nome de uma suposta segurança,
como os sacerdotes quando se dirigem ao povo depois do s sacrifícios;
—Com estes sacrifícios acalmei os deuses e fiz voltar a luz dos
sol, vocês agora podem voltar com segurança para seus afazeres. Não
existe segurança alguma a não ser manipulações para impor
obediência e servidão.
O sistema livre não vingou ainda, esta em faze
difícil diante do estrangulamento econômico, deixa um bom legado
para gerações. Não custa conhecê-lo, dominá-lo e entender melhor
o mundo computadorizados a nossa volta.
Pouco pode fazer os migrantes tatuados pela
natureza com o poder do código livre.
O poder esta nas mãos jovem, precisam dominar
o sistema Livre.
Jader Resende
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