quinta-feira, 28 de agosto de 2014

NILDA CARVALHO CUNHA. PARA NÃO ESQUECER JAMAIS!



História de NILDA CARVALHO CUNHA

 buscado no blog do Carlos Leen




 

Data e local de nascimento: 05/07/1954, Feira de Santana (BA)
Filiação: Esmeraldina Carvalho Cunha e Tibúrcio Alves Cunha Filho
Organização política ou atividade: MR-8
Data e local da morte: 14/11/1971, em Salvador
Nilda Carvalho Cunha foi presa na madrugada de 19 para 20 de agosto de 1971, no cerco montado ao apartamento onde morreu Iara Iavelberg. Foi levada para o Quartel do Barbalho e, depois, para a Base Aérea de Salvador. Sua prisão é confirmada no relatório da Operação Pajuçara, desencadeada para capturar ou eliminar Lamarca e seu grupo. Foi liberada no início de novembro, profundamente debilitada em conseqüência das torturas sofridas e morreu no dia 14 de novembro, com sintomas de cegueira e asfixia. Nilda tinha acabado de completar 17 anos quando foi presa. Fazia o curso secundário e trabalhava como bancária quando passou a militar no MR-8 e viver com Jaileno Sampaio.
Foram eles que abrigaram Iara Iavelberg em seu apartamento, durante sua estada em Salvador. Emiliano José e Oldack Miranda relatam no livro Lamarca, o capitão da guerrilha, levado ao cinema por Sérgio Rezende, um pouco do que Nilda contou de sua prisão:
“(...) Você já ouviu falar de Fleury? Nilda empalideceu, perdia o controle diante daquele homem corpuloso. - Olha, minha filha, você vai cantar na minha mão, porque passarinhos mais velhos já cantaram. Não é você que vai ficar calada (...). Dos que foram presos no apartamento do Edifício Santa Terezinha, apenas Nilda Cunha e Jaileno Sampaio ficaram no Quartel do Barbalho. Ela, aos 17 anos, ele, com 18. - Mas eu não sei quem é o senhor... – Eu matei Marighella. Ela entendeu e foi perdendo o controle.
Ele completava: – Vou acabar com essa sua beleza – e alisava o rosto dela. Ali estava começando o suplício de Nilda. Eram ameaças seguidas, principalmente as do Major Nilton de Albuquerque Cerqueira. Ela ouvia gritos dos torturados, do próprio Jaileno, seu companheiro, e se aterrorizava com aquela ameaça de violência num lugar deserto. Naquele mesmo dia vendaram-lhe os olhos e ela se viu numa sala diferente quando pode abri-los. Bem junto dela estava um cadáver de mulher: era Iara, com uma mancha roxa no peito, e a obrigaram a tocar naquele corpo frio.
 


Puxadinho do Jader 
Comentário publicado no blog do Carlos Lenn que merece destaque
Leonia Cunha disse...
NILDA CARVALHO CUNHA, meiga e linda em toda a sua curta vida ceifada de forma cruel por monstros, torturadores. Não se fez ainda JUSTIÇA a grande REVOLUCIONARIA que foi e a nossa mãe ESMERALDINA CARVALHO CUNHA.
Vivem cotidianamente na minha lembrança, assim como a sede de JUSTIÇA em meu coração.
Leonia Cunha


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Confissão de um terrorista!

Israel diz que matou mais 3 terroristas palestinos ontem 

 

Buscado no Bourdoukan


                              Confissão de um terrorista!




                                              Mahmoud Darwish*

Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista

Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista

Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista

Assassinaram minhas alegrias,
Seqüestraram minhas esperanças,
Algemaram meus sonhos,
Quando recusei todas as barbáries
 Eles... mataram um terrorista!

*Mahmoud  Darwish (1942-2008), poeta palestino, foi Redator-Chefe da Revista Al Jadid, porta-voz da ala árabe do Partido Comunista de Israel, o Rakah.




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Lei dos domésticos e a revolta da elite



buscado no Altamiro Borges

 


Por Altamiro Borges

Finalmente, após muita protelação de setores patronais, passou a valer nesta quinta-feira (7) a Lei dos Empregados Domésticos – uma conquista histórica dos trabalhadores brasileiros. A Lei 12.964/14 garante o registro em carteira de trabalho e fixa multa ao patrão que descumprir as novas regras. Segundo a última Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), do IBGE, dos 6,35 milhões de domésticos no país, 4,45 milhões são informais. Sem direitos trabalhistas, a maior parte é tratada como escrava, com jornadas excessivas e péssimas condições de trabalho. A nova lei serve como uma carta de alforria e deverá despertar ainda mais ódio na histérica “elite branca”, que rejeita os avanços sociais dos últimos anos.

Segundo informa Karine Melo, da Agência Brasil, “o Ministério do Trabalho fará a fiscalização por meio de denúncias. Para fazer uma denúncia, o trabalhador, parente ou pessoa próxima deverá procurar uma unidade regional do ministério – Agência do Trabalhador, Delegacia do Trabalho, Superintendência do Trabalho –, onde terá de preencher um formulário... O patrão será notificado a comparecer a uma Delegacia do Trabalho para prestar esclarecimentos. ‘Caso o empregador não compareça, a denúncia será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho para que ele tome as providências cabíveis’, garantiu o coordenador-geral de Recursos, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, Roberto Leão”.

Com a vigência da lei, a expectativa é que o registro em carteira aumente de 10 a 15%. Segundo Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, “a informalidade vai ficar mais cara”. Para ele, o fato de a multa começar a vigorar de imediato “quebra a espinha da cultura patriarcal”. A legislação anterior até falava em direitos trabalhistas, mas não fixava multas e outras punições. “Ela sempre foi benéfica para o patrão. Por isso, a informalidade é tão alta”. Agora, o registro em carteira passa a ser obrigatório, mesmo nos casos em que o profissional esteja em período de experiência. Se a pessoa trabalha pelo menos três dias por semana para uma família, ela deverá ser registrada dentro das normas.

A nova lei deriva da aprovação, em abril de 2013, da “PEC das Domésticas”, a emenda constitucional que igualou os direitos destes trabalhadores aos dos demais celetistas do país. Mas vários outros direitos previstos nesta histórica PEC ainda não foram regulamentados, como o que institui o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o salário-família, o seguro-desemprego e o adicional noturno. Setores patronais com forte presença no parlamento devem protelar ao máximo estes novos avanços. “Com o ano eleitoral, a expectativa é que a regulamentação, parada na Comissão Especial do Congresso Nacional que trata do assunto, só saia no ano que vem”, relata Karine Melo.



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Os novos judeus



buscado no ODiario.inf



 
Dizem os jornais do sistema que 90% dos israelitas apoiam a acção genocida do seu governo. Até pode ser que assim seja, num Estado em cuja população é sistematicamente incutida a ideologia racista do “povo eleito” e do seu direito divino ao “Grande Israel”. E se assim é, mais um motivo para saudar fraternalmente os 10% que não apoiam tal acção criminosa. Neles reside uma pequena parte da esperança de que um dia seja encontrada uma solução justa para a causa do martirizado povo palestino. Essa causa é hoje uma prioridade para toda a humanidade progressista e amante da paz.


“Há um fosso ético entre o nome do nosso exército, Forças de Defesa de Israel, e o que fazem os soldados. Eu e meus amigos fomos mobilizados para empreender ações “preventivas” na Cisjordânia, mas o que fazíamos nada tinha de preventivo.”
Segundo Yehuda Shaul, ex-oficial do exército israelense e autor destas palavras, o chefe do estado-maior, Moshe Yaalon, exortava os soldados a “queimar a consciência palestina”.
De acordo com testemunhas, os soldados patrulham as ruas e penetram ao acaso nas casas, a qualquer hora do dia ou da noite. Revistam tudo e todos, encostam as pessoas na parede e tiram fotos. Ninguém fica de fora: homens e mulheres, velhos e crianças Detalhe: as operações não são motivadas por nenhuma solicitação dos serviços de informação. De acordo com o sargento Nadav Bigelman, é frequente que as fotos nem sequer sejam enviadas à análise. O que se deseja é inibir o protesto, amedrontar e humilhar.
Shaul e Bigelman fazem parte de uma ONG, a Breaking the silence/Quebrando o silêncio, que já reuniu cerca de 950 depoimentos de militares e de ex-militares israelenses. Para recordar os dez anos de sua existência, houve manifestação recente na praça Habima, em Tel Aviv. Durante dez horas, políticos, jornalistas e ex-militares leram relatos atestando violências cometidas nos territórios palestinos ocupados. A ocupação, raiz da revolta palestina, e inteiramente ilegal, como sublinha Shaul, “não é mais uma segunda natureza para nós, ela incorporou-se à nossa própria natureza”.
Em nenhum dos depoimentos há qualquer aprovação aos atos de terrorismo ou aos foguetes lançados contra Israel por organizações islâmicas. Considerados “horríveis” porque suscitam medo, ferem e matam, tais atos, entretanto, não justificam fazer “de todos os habitantes de Gaza alvos de uma destruição em massa”.
É disso mesmo que se trata, pois o ataque desferido pelo exército de Israel a partir do 16 de julho último está destruindo em massa a população de Gaza – um terrorismo de Estado. Fontes publicadas pelo New York Times, nove dias depois do início da ofensiva, em 23 de julho, registravam 3.209 alvos atingidos, provocando um pouco mais de 800 mortos, milhares de feridos e dezenas de milhares de refugiados entre os palestinos.
A situação torna-se desesperadora.
Em Gaza, segundo dados do Le Monde, vivem 1,8 milhão de pessoas, com média de 18,2 anos, um alto índice de desemprego, maior entre os mais jovens (50%). Comprime-se num território de 45 km de comprimento por 10 km de largura, uma das mais altas densidades populacionais do mundo: 4.505 pessoas por quilômetro quadrado.
Em 1948, quando da fundação do Estado de Israel e da partilha da Palestina, o território ficou sob jurisdição egípcia, verificando-se um grande afluxo de refugiados. Depois da guerra de 1967, passou à ocupação israelense. A partir de 1994, os acordos de Oslo atribuíram seu controle à Autoridade Nacional Palestina. Entretanto, a região continuou triplamente aferrolhada: por terra, os postos fronteiriços com Israel e Egito filtram a conta-gotas os que desejam entrar ou sair. Por ar, o espaço é vigiado pelo Estado israelense. E por mar, Israel estabeleceu um limite de apenas 6 milhas náuticas (5,5 kilômetros) para o tráfego de embarcações.
Gaza virou um imenso gueto. E os palestinos converteram-se em novos judeus, cuja consciência precisa ser “queimada”.
“Novos judeus”: foi assim que, há pouco mais de trinta anos, Helena Salem intitulou um livro sobre a tragédia dos palestinos depois da II Guerra Mundial. Judia, teve que se haver com a crítica – às vezes, insultuosa - de judeus no Brasil e no mundo. Corajosa, recusou-se à autocensura. É trágico que sejam os próprios judeus, trucidados em guetos durante a II Guerra Mundial, os responsáveis por fazer reviver, agora, a maldita experiência.
Os palestinos não querem piedade.
Por destemidos, dela não carecem. Às vezes, como disse o Doutor Gilbert, médico norueguês, no hospital de Al-Shifa, em Gaza, “a gente só tem vontade de chorar e apertar num abraço as crianças cobertas de sangue”. Mas as lágrimas de dor, de raiva ou de medo não são bem vindas. Nem honrariam a capacidade de resistência e a resolução que, nas piores condições, demonstram os palestinos.
Eles precisam é de solidariedade ativa. Das gentes, nas ruas do mundo, manifestando apoio, obrigando os respectivos governos a agirem, através de pressões políticas e diplomáticas.
O mundo não pode assistir de braços cruzados e em silêncio ao massacre de um povo, agredido por uma força maior e mais poderosa. É preciso impedir que os judeus fabriquem novos judeus. Como disse Eric Goldstein, do Observatório dos Direitos Humanos, “Israel precisa fazer mais do que tentar explicar ataques ilegais. Precisa parar com eles”. Para o bem dos palestinos, da humanidade e dos próprios judeus. 

*Professor de História Contemporânea da UFF
Email: daniel.aaraoreis@gmail.com


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

“Não vai ter verdade!”

buscado no Gilson Sampaio 

 




Edson Teles.

Em meio às emoções e protestos durante a Copa do Mundo de futebol no país, as Forças Armadas, por meio do Ministério da Defesa, deram publicidade aos seus relatórios de sindicância sobre as práticas de violações de direitos humanos em suas dependências durante a ditadura militar. O documento atende a uma solicitação feita pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), instituição que apurou e confirmou as violações cometidas pelas Forças Armadas e solicitou a investigação dos documentos e com os agentes militares envolvidos nos fatos. Nos relatórios afirma-se que não foram encontrados registros formais “que permitam comprovar ou mesmo caracterizar o uso das instalações dessas Organizações Militares para fins diferentes dos que lhes tenham sido prescritos”, não permitindo “corroborar a tese apresentada por aquela Comissão [a CNV] de que tenha ocorrido desvio formal de finalidade”, ou seja, que tenham sido usadas como centro de tortura, assassinato e desaparecimento.
Não estivéssemos em pleno século XXI, ao fim do quinto mandato de um presidente civil, todos exercidos por ex-vítimas da ditadura, poderíamos passar pouco estarrecimento por esta informação. Ou ainda, se vivêssemos em meio a um processo de transição, o que historicamente e de acordo com as políticas globais de construção de um novo regime democrático pode exigir negociações e silenciamentos, talvez a notícia pudesse ser considerada até um modo de chamar a atenção para a questão sem contudo colocar em risco a governabilidade. Poderíamos até mesmo lamentar a falta de correlação de forças políticas no governo, o que nos impediria de exigir mais do Estado.
Mas não. O projeto de democracia instituído no país a partir da nova constituição de 1988 e da primeira eleição para um presidente civil em 1989, eventos seguidos por sucessões de passos formais de um Estado de Direito, coloca a chegada deste relatório infame num campo de lutas políticas em torno de qual democracia queremos. Sim, infame, por conter um conteúdo que beira a provocação com os caminhos de uma democracia, afirmando, como consta do relatório da Marinha, que os presos teriam sido bem tratados, de modo “bastante aceitável”. É “aceitável” torturar e assassinar pessoas que discordem do governo?
O caráter desprezível dos relatórios podem também ser confirmado na tese de que os documentos sigilosos da época teriam sido “legalmente destruídos”, inclusive os termos de destruição, os quais indicariam os responsáveis pela eliminação dos arquivos incriminadores. Acredite quem quiser. Ainda que sem os arquivos comprobatórios, por que é que o Ministério da Defesa não convocou os militares responsáveis pelas instalações militares em questão, como a sede do DOI-CODI do II Exército, em São Paulo, chefiado à época pelo coronel Ustra? Aliás, o livro deste criminoso de Estado consta como prova, nos relatórios em questão, de que nada de ilegal ocorreu naquelas dependências.
Contudo, gostaria de chamar a atenção a um aspecto perigoso para uma efetiva democracia e com presença constante na lógica de governo do Estado de Direito: o documento com os relatórios das três Forças usa como argumento fundamental das respostas a ideia de que se pautam pela lógica da “promoção da reconciliação nacional”, como consta na lei de criação da CNV. Este é um ponto que pode passar desapercebido, mas indica uma questão nevrálgica no trato da apuração da verdade sobre a época da ditadura. Passados 25 anos da transição para um Estado de Direito, não vivemos mais sob o perigo de golpe de Estado ou reversão no processo democrático.
A proposição de “reconciliação nacional”, incluída na lei de criação da CNV e repetido exaustivamente em todos os momentos em que chegamos perto da verdade sobre o período ou de passos no sentido da efetivação da justiça, fundamenta-se na falsa versão de que nos anos 60 e 70 houvesse no país o conflito entre duas forças extremas, os “subversivos” da esquerda e a “linha dura” dos militares. Esta versão corroborou, nos anos 80 e 90, a ficção de que a transição para a democracia teria se pautado na reconciliação nacional. Esta peça ficcional e já mitológica teria sido confirmada na década passada pelo Supremo Tribunal Federal quando este confirmou a anistia para os torturadores (maio de 2010).
Chega a ser patológico, como se evidencia na repetição desta ideia nos referidos relatórios, que a democracia insista nesta tese nos dias atuais, especialmente durante os trabalhos de uma comissão da verdade. Mais grave do que isto, esta ficção corrobora a tese de vivemos sob uma espécie de transição (não sabemos para onde transitamos!) e que seria de bom tom não confrontar aqueles fantasmas. Os espectros que não são nomeados, mas que servem como justificativa para não nos aprofundarmos em uma democracia de transformação social e política. Não se trata de jogar contra as demandas de uma política de “justiça de transição” – verdade, memória, justiça e reforma das instituições –, tão necessárias e distantes ainda hoje.
Mas, por que insistir nesta tese da transição e da reconciliação? Como é possível adotar esta formulação nos trabalhos de uma criação da verdade? O que estaria de fato por trás desta ideia?
São questões a serem respondidas com urgência. As reações repressivas e de criminalização dos movimentos sociais, especialmente a partir de junho de 2013, parecem indicar um rastro para encontrar as respostas.
O que parece estarmos vivendo é um conflito, não uma reconciliação. A chamada transição democrática no Brasil configurou-se como a montagem de uma democracia de cunho autoritária e oligárquica. Conquistamos direitos importantes e fundamentais. Porém, a esfera da decisão política continuou nas mãos de poucos, implicando em um Estado voltado prioritariamente aos grandes grupos econômicos e às oligarquias políticas.
Creio que estamos em um momento importante para mudarmos os rumos planejados na “abertura lenta, gradual e segura” dos fins da ditadura, que visou a montagem da atual democracia de segurança e controle. Está instalado no país um conflito aberto, democrático e de rediscussão dos rumos traçados. Mesmo que possamos discordar de certas formas do agir na política, não podemos impor um único modelo de relações sociais.
Não é o momento da reconciliação. É a hora de deixarmos muito claro que houve tortura no país durante a ditadura e que o atual Estado de Direito, por meio de seus agentes e instituições, continua a violar gravemente os direitos humanos. Não há como reconciliar com a política do #NÃOVAITERVERDADE proposta pelo Ministério da Defesa.

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O QUE RESTA DO GOLPE DE 1964
Confira o especial de 50 anos do golpe no Blog da Boitempo, com artigos, eventos e lançamentos refletindo sobre os legados da ditadura para o Brasil contemporâneo, aqui.

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Edson Teles é autor de um dos artigos que compõe a coletânea Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas, que tem sua versão impressa vendida por R$10 e a versão eletrônica por apenas R$5 (disponível naGato Sabido, Livraria da Travessa e outras).

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Edson Teles é doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), é professor de filosofia política na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pela Boitempo, organizou com Vladimir Safatle a coletânea de ensaios O que resta da ditadura: a exceção brasileira (2010), além de contar com um artigo na coletânea Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas (2012). Colabora para o Blog da Boitempo mensalmente, às quartas.