sexta-feira, 30 de abril de 2010

A imoralidade das propostas de candidaturas de "biscuit"

Fatima Oliveira *

O recado é: chega de Lei de Cotas só no papel!
Com duas candidatas à Presidência da República, Dilma Rousseff e Marina Silva, a tendência é pensar que os partidos progressistas terão a decência de investir mais em candidaturas de mulheres. Não daquele tipo só para cumprir a lei de cotas de 30% para mulheres e, sem pudor, levá-las ao sacrifício e a vexames eleitorais, numa atitude de dupla moral. A demonstração do empenho de eleger mais mulheres é o rótulo de "prioridade de campanha". O resto é conversa fiada.

Eis uma manchete reveladora: "Partidos buscam mulheres para preencher cota de 30% de candidaturas". O conteúdo fala de caça às mulheres - como se elas estivessem fugindo da raia por analfabetismo político! "Os partidos estão à procura de candidatas para compor as chapas às Assembleias Legislativas e à Câmara dos Deputados. Embora mais da metade da população do país seja do sexo feminino, faltam aspirantes à política. A julgar pela vã batalha retórica empreendida por líderes partidários na tentativa de cooptá-las, neste pleito, assim como em 1998, 2002 e 2006, as chapas mal conseguirão integrar 15% de participação feminina".

Após elencar desculpas rotas e esfarrapadas de figuras como Roberto Freire (PPS), o deputado federal Rodrigo de Castro (secretário nacional do PSDB) e o deputado federal Reginaldo Lopes, presidente do PT mineiro, a matéria chega ao âmago da questão: "Motivos para resistir aos apelos, elas têm". Dizer que faltam aspirantes femininas à política é um raciocínio machista ilimitado. É muita desfaçatez que só às soleiras das eleições comecem a "caçada", 13 anos após a Lei de Cotas (lei federal nº 9504/97)! Donde se deduz que os partidos em geral passam ao largo da seriedade no tocante à justiça de gênero.

"Algumas revelam experiências frustrantes e repassam suas histórias em família e entre amigos. A cabeleireira Izabel Lina Alves, 45, guarda triste experiência de sua aventura eleitoral, quando concorreu pelo PTN a uma cadeira na Assembleia Legislativa mineira. ‘Prometeram-me recursos para bancar a campanha e fui dando cheques pré-datados. No fim, estava endividada e só. Por isso, não pretendo voltar à política. A estrutura dos partidos está a serviço da eleição de uns poucos. E, em geral, homens".

O que disse Izabel é voz corrente, de cabo a rabo, nos sentidos norte-sul: da nascente do rio Ailã, no monte Caburaí (RR) à barra do arroio Chuí (RS); e de oeste-leste: da nascente do rio Moa, na serra da Contamana (AC) à ponta do Seixas (PB); até o extremo leste absoluto (ponta sem nome na ilha do sul do arquipélago de Martim Vaz). E isso não significa nada para os partidos? A matéria entrevistou a chefe do Departamento de Ciência Política da UFMG, Marlise Matos, que desmontou o discurso demagógico da quase totalidade dos partidos brasileiros quando o assunto é viabilizar candidaturas femininas.

Pontuando que, quanto à presença de mulheres em cargos eletivos, a situação do Brasil é vergonhosa - décima posição mundial, com 8,8% de cadeiras na Câmara dos Deputados -, ela declarou que "nesse conjunto de 137 países estudados pela Inter-Parliamentary Union, o Brasil se iguala, por exemplo, aos países árabes, que também têm cerca de 9% de representação feminina" (Bertha Maakaroun e Ricardo Beghini, "Correio Braziliense").

Resumo da opereta: não faltam mulheres que desejam se candidatar, mas a maioria tem coragem de dizer não às propostas indecentes de candidaturas de "biscuit".

O recado é: chega de Lei de Cotas só no papel!
Publicado em
28 de Abril de 2010 - 0h01

Fatima Oliveira
* Médica e escritora. É do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e do Conselho da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe. Indicada ao Prêmio Nobel da paz 2005.


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Humor

Serra: cadê o paulinho?
Serra foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado uma comitiva do Jornal Nacional, da Veja e da Folha de São Paulo.Depois de apresentar todas as maravilhosas propostas para seu governo(se eleito), disse às criancinhas que iria responder perguntas.
Uma das crianças levantou a mão e Serra perguntou:
Qual é o seu nome, meu filho?*
- Paulinho.*
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho duas perguntas.
A primeira é "Quanto tempo o senhor vai esperar para sujar a barra da Dilma como fez com a Roseana Sarney??"
A segunda é "Onde sua filha Verônica conseguiu grana para ser dona de 10% do Ebay / Mercado Livre, estudar na Harvard Business School pagando R$ 60.000,00 por mês e ainda por cima "comprar" uma mansão em Trancoso onde o senhor passou o Reveillon???
Serra fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o recreio toca e ele aproveita e diz que continuará a responder depois do recreio.

Após o recreio, Serra diz:

-OK, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas. Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Serra aponta para ele, sorrindo para as cameras da Globo.
-Pode perguntar, meu filho.
-Como é seu nome?
-Joãozinho, e tenho 4 perguntas:
A primeira é "Quanto tempo o senhor vai esperar para sujar a barra da Dilma como fez com a Roseana Sarney??"
A segunda é "Onde sua filha Verônica conseguiu grana para ser dona de 10% do Ebay / Mercado Livre, estudar na Harvard Business School pagando R$ 60.000,00 por mês e ainda por cim a "comprar" uma mansão em Trancoso onde o senhor passou o Reveillon???
E a terceira é "Por que o sino do recreio tocou meia hora mais cedo?".
A quarta é... "Cadê o Paulinho??"



BOTECO DO FUTURO

Um sujeito entra num boteco novinho, todo hi-tech, e pede uma bebidinha.

O barman é um robô, que serve um cocktail perfeito e pergunta:

- Qual é o seu QI?

O homem responde:

- Uns 150.

Então o robô inicia uma conversa sobre aquecimento global,
espiritualidade universal, física quântica, interdependência
ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia, e por aí afora....

O cara ficou impressionado, e resolveu testar o robô.

Saiu,.... deu uma volta e retornou ao balcão.

Novamente o robô pergunta:

- Qual é o seu QI?

O homem responde:

- Deve ser uns 100.

Imediatamente o robô lhe serve um uisquinho e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas,corpo de mulher, e outros assuntos semelhantes.............

O sujeito ficou abismado.

Sai do bar,.... para pensar.... e resolve voltar e fazer mais um teste.

Novamente o robô lhe faz a pergunta:

- Qual é o seu QI?

O homem dá uma disfarçada e responde:

- Uns 20, eu acho!!!!!

Então o robô lhe serve uma cachaça, se inclina no balcão e diz pausadamente:

- E aí mano,...... vamu votá no Zé Serra ?????

(não conheço o autor)


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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Porque acredito cada vez mais nas mulheres.

Sempre entendi os homens como crianças se fingindo de adulto e as mulheres como adultas fingindo-se de criança.
Dentro da armadura de homem sério e seguro existe um guri assustado pedindo socorro. Dentro da aparência frágil da mulher existe uma guerreira com muita sabedoria, determinação, senso prático, diplomacia, manha, coragem, amor, responsabilidade, capricho e milhares de outras virtudes.

Acho que o mundo está precisando mais de mãezonas do que desses paisões atuais, cheios de soberba, brincando de poder infantilmente. Precisamos de quem sabe por natureza cuidar melhor de todos os filhos deste país e deste planeta.
Nós, homens, somos uns blefes. Mas não conte pra ninguém! Eh!Eh!E
Já contei, senhor ponto com e com muito prazer.

do blogue senhor ponto com
http://www.zenosr.com/





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Macho

Não faz muito tempo que os políticos deixaram de lado os compadres e passaram a andar acompanhados de um bando de profissionais especializados: cabeleireiro, esteticistas, professores de dicção, postura, personal trainer pra malhar o corpo e ficar saradão, tudo para fazer uma bela figura, fotógrafos especializados e por ai vai. Surge diante do vale tudo a necessidade de proteção extra: equipes de publicidade com seus marqueteiros, psicólogos e especialistas do estrangeiro, para tornar a queda de braço mais interessante se especializaram em táticas já bastante conhecida como tolerância zero. Nesse vale tudo, tudo é possível, tarologos, cartomantes, bruxarias e rezas forte pra abrir caminho e proteger o Home que não tem mais o poder num fio do bigode e sim na canete.
O problema é que nunca tiveram uma adversária, e muito pior, uma adversária peso pesado, que não foge da luta.
Seja como for, sabemos que hoje em dia não é mais necessário ter no meio das pernas uma arma pra ter poder nem tão pouco pra ser homem.

Uma pausa musical.



Nunca vi rastro de cobra

Nem couro de lobisomem
Se correr o bicho pega

Se ficar o bicho come

Porque eu sou é home

Porque eu sou é home

Menino eu sou é home

Menino eu sou é home

Quando eu estava pra nascer

De vez em quando eu ouvia

Eu ouvia mãe dizer

Ai meu Deus como eu queria

Que esse cabra fosse home

Cabra macho pra danar

Ah! Mamãe aqui estou eu

Mamãe aqui estou eu

Sou homem com H

E como sou


Eu sou homem com H

E com H sou muito home

Se você quer duvidar

Olhe bem pelo meu nome

Já tô quase namorando

Namorando pra casar

Ah! Maria diz que eu sou

Maria diz que eu sou

Sou homem com H


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terça-feira, 27 de abril de 2010

Voto facultativo

Criar um mundareu de informações que não tem interesse pra ninguém nos confunde, desanima e pior de tudo nos da uma puta sensação de impotência.
Até quando vão continuar subestimando o povo.
Leio em conceituados blogues sobre a dificuldade de manter-los, acredito no que dizem e nos seus desabafos.
E o povo, como é que fica?
Vamos continuar sendo obrigados a votar diante de um luta desigual.
Luta ferrenha dos políticos contra o povo, essa massa que já se chegou ao cumulo de definir o cheiro de cada uma, como se existisse diversas, posso até acreditar que exista a massa cheirosa que tem em seus planos esperanças de ter facilidades econômicas ou melhor lucros astronômicos e aquela massa que não sabe votar, a massa que pode ser enganada, ser manejada e vai dar seu voto na marra pois nem mesmo ter o direito de deixar de votar tem.
Toda essa bagunça provocada pela mídia tem uma resposta simples, a subestimação do eleitorado brasileiro.
Até quando vamos continuar sendo os bobos uteis ou sera que o sacrifício parte somente daqueles que como eu, tenta dar sua contribuição na esperança de ver uma vida mais digna de ser vivida.
"Não podemos esquecer que mais de 100 milhões de pessoas passam fome no mundo, precisamos fazer alguma coisa urgente. Nessa lenga, lenga, muitos morreram até que se mude alguma coisa, é preciso acabar com o egoísmo político e partir para a solidariedade."

Leia tambem de minha autoria “VOTO bota fora”


POR FAVOR LEIA NA TRIBUNA DA IMPRENSA

O surfista que leu Marx, o marxista que gosta de futebol e torce pelo clube da elite. Quem pensou a vida inteira em ser presidente, quem não pensou, mas pensa (?) que ganha na PLEBISCITÁRIA





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sábado, 24 de abril de 2010

Dilma responde

Dilma se mostrou afiada quando Datena contou uma história de que Serra considerava que Lula tinha uma capacidade de entender rapidamente qualquer situação, mas que a ela faltava experiência. “Se ele reconhece que o Lula tem essa visão rápida sobre a realidade que o cerca, fica difícil explicar porque ele me escolheu. E escolheu três vezes. Primeiro para coordenar a transição de governo, depois como ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil, eu era o braço direito e esquerdo dele, e depois me escolheu como sucessora do projeto dele, que é meu, do PT e dos partidos da base”.
Bingo!

Leia os comentários do deputado Brizola Neto aqui.





 
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mentira e cia.

A mentira passou a ter pernas longas, oito fortes e autônomos braços, com sugosas ventosas que nos sufoca e imobiliza. Para sua defesa atira jatos de tinta escura, apimentada, que nos cega e debilita, somos enfim enganados, também são enganados os que tem o poder unilateral. Outra força poderosa sempre existiu paralelamente, mais que nunca, uma massa real e humana, que acorda antes do sol, e muitas vezes nem dorme, questiona e sempre tem disposição para dar a vida por um ideal, se mostra participativa, distantes dos que se escondem atrás da fumaça negra.
Massa anonima que os tentáculos gosmentos não consegue deter, que mostra sua força, seu poder de mudar uma situação de injustiças, perseguições e torturas praticadas contra os que não tem medo, não me refiro as habituais torturas que deixaram profundas marcas e sim a herança aperfeiçoada de um passado inglório em mãos de sanguinários e obscuros torturadores.
A tortura se faz presente sempre que querem eliminar aqueles que contestam, criticam ou protestam, falo da tortura psicológica que mata, com mais eficiência que as praticadas no passado, a nova tortura é invisível e quem vê finge que não vê, pode ser regulada para dar tempo ao torturador de planejar seus objetivos antes da morte da vitima, mata lentamente e brutalmente na vista de todos, um crime terrível que é capaz de destruir sem deixar vestígios, falo do assedio moral, da metalinguagem repetida durante anos para enfraquecer as resistências mentais e físicas de uma pessoa e do avanço da psicologia usada como tortura, falo do já conhecido crime invisível, com títulos bem sugestivo: Como infernizar a vida disso e aquilo outro. Como destruir sem dó ou piedade.
Se forem assassinadas, outras apareceram em seus lugares. Essa massa com cheiro natural da vida, se faz presente, resiste a toda essas artimanhas, é impossível negar sua força e tentar camuflar seus objetivos. 
Texto de Jader Resende 




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terça-feira, 20 de abril de 2010

Os trabalhadores que viram suco

Duzentos mil brasileiros e brasileiras trabalhando como mouros para ganharem entre R$ 7 e R$ 10 por dia, no estado mais rico da Federação e num dos agro-negócios mais lucrativos, não, não é motivo de escândalo.
Afinal, o que são seres humanos diante do valor supremo da propriedade e do capital?

Leia tudo no blogue Tijolaço



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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Conflitos e Violência no campo

Mais uma data que nada tem de comemorativa.
Apresenta crescimento tanto do número de 
conflitos envolvendo camponeses 
e trabalhadores do campo,

O número total de conflitos  
soma até 2008 1184,
contra 1.170, em 2008,

Conflitos por terra,
751 em 2008.
854 em 2009, 
Q número de assassinatos
recuou de 28, em 2008, 
     para 25, em 2009.  
Outros indicadores, cresceram, 
alguns exponencialmente.  
Tentativas de assassinato
  de 44, em 2008, 
para 62, em 2009;  
Ameaças de morte, 
   de 90,
para 143;
Número de presos
  de 168, 
para 204.
O que mais choca é o número de
pessoas torturadas: 
 6, em 2008, 
71, em 2009.  
O número de famílias expulsas
  de 1.841,
para 1.884,  
Aumento do número de
famílias despejadas de 9.077,
                 para 12.388, 36,5%.  
Também elevou-se o número de
casas e deroças destruídas, 
163%, 233% respectivamente. 
Em 2009.
Registrou-se 9.031 famílias 
ameaçadas pela ação de pistoleiros,  
contra 6.963, em 2008, mais 29,7%.
Cresceu o número de ocupações
A violência, porém, não fez 
os movimentos do campo recuarem.  
Aumentou o número de ocupações de terra,
290 em 2009, 252 em 2008.
Em relação ao número de acampamentos, 
estes diminuíram de 40, em 2008, 
para 36, em 2009, 
cresceu o número de pessoas 
nos acampamentos: passou 
  de 2.755 em 2008,
(media de 68 famílias) 
para 4.176 em 2009, 
(média de 116 famílias por acampamento).
Criminalização crescente dos movimentos sociais  
O incremento de conflitos e de violência 
inseriu-se num contexto nacional 
preocupante de crescente criminalização dos 
movimentos sociais tanto no âmbito do Poder Judiciário, 
quanto do Poder Legislativo, 
amplificada inúmeras vezes pelos grandes 
meios de comunicação social.  
No âmbito do Poder Judiciário destacou-se a figura do
próprio presidente do Supremo Tribunal Federal, STF, 
Gilmar Mendes, que no início de 2009 saiu a público 
acusando os movimentos de praticarem ações ilegais e 
criticando o Poder Executivo de cometer ato ilícito 
por repassar recursos públicos para quem, segundo 
ele, pratica tais atos. Esta intervenção, certamente, 
serviu de suporte para o alto número de despejos,
 para o crescimento das prisões e de outras 
formas de violência, e forneceu munição para 
a bancada ruralista do Congresso Nacional criar 
a uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, 
CPMI, conhecida como CPMI do MST.  
O mesmo presidente do Supremo, em fevereiro de 2010,
 durante cerimônia de lançamento do Programa 
Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, 
da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), 
assinou convênio com esta entidade para prestar 
serviços de consultoria ao CNJ, em relação 
a processos nas áreas fundiária e ambiental.
No âmbito do poder legislativo, além da CPMI 
que tenta incriminar os movimentos sociais 
do Campo, em 2009, foram apresentados 
mais de vinte (20) projetos de lei e propostas 
de fiscalização que, direta ou indiretamente, 
criminalizam os movimentos agrários ou visam impedir
avanços na política agrária. O primeiro deles é a 
PEC 361, de 2009, que quer estender as competências 
constitucionais relacionadas à política fundiária para
Estados, Distrito Federal e Municípios. Outros projetos
propõem transferir competências do Executivo Federal 
para o Congresso Nacional como, por exemplo, a competência
das desapropriações por interesse social, 
ou a de aprova os índices de produtividade da terra.  
Já no âmbito do Executivo. Em 2009, fica clara a
prioridade dada ao capital para continuar se 
expandindo e avançando por novas áreas, 
em detrimento dos povos indígenas e das 
comunidades quilombolas e de outras comunidades 
tradicionais. A grilagem de terras públicas da Amazônia 
foi sacramentada pelo MP 458, transformada rapidamente 
em Lei pelo Congresso Nacional. A construção de barragens, 
sobretudo as da Amazônia, vão sendo empurradas goela 
abaixo da população, apesar de todos os estudos 
e manifestações em contrário, de modo particular
 a de Belo Monte, no rio Xingu.
Publicado por Comissão Pastoral da terra


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O Massacre de 17 de abril de 1996

O Massacre de Eldorado dos Carajás aconteceu no dia 17 de abril de 1996, quando uma operação da Polícia Militar do Pará assassinou 19 trabalhadores rurais sem terra e deixou dezenas de feridos e mutilados. Após este episódio foi instituído o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, comemorado na mesma data do massacre. Desde então, o MST realiza, todos os anos, Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária.

MST inicia Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária em todo o paísTatiana Félix *Adital - Na semana em que se reforçam as lutas pela Reforma Agrária no Brasil, em virtude do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, comemorado em 17 de abril, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), já realiza diversas atividades em todo o país. Em Pernambuco, cerca de 1.500 famílias já ocuparam doze latifúndios em diferentes regiões do estado. No Pará, o V Acampamento Pedagógico da Juventude, está acontecendo em frente ao Assentamento 17 de abril, em Eldorado dos Carajás. Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária



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quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Operário em Construção

Poesia de Vinícius de Morais

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

O discurso de despedida do governador José Serra está inscrito numa longa tradição da retórica, por que não dizer, universal – aquela que promete uma mulher para cada homem e um homem para cada mulher. Sempre na vanguarda, por pouco não revelou que sua operosa administração conseguiu uma mulher paulista para cada homem paulista e um homem paulista para cada mulher paulista.
Porém, nada se compara a: “... não pude deixar de me lembrar de uma poesia do Vinícius de Morais, que eu, espero que acreditem, eu também fiz teatro, não é? Fui diretor de teatro na Escola Politécnica. (…) Aprendi muita poesia. Eu me lembrei de uma poesia do Vinícius que eu sabia de memória, até hoje eu sei quase toda de memória. Chamada ‘O Operário em Construção’. Ele dizia: ‘Pareceu me, então, que até aquele momento ele, o operário, desconhecia esse fato extraordinário, que o operário faz a coisa e a coisa faz o operário. Casa, cidade, nação... Tudo o que existia era ele quem o fazia, ele, um humilde operário, um operário que sabia exercer a sua profissão’. Eu me senti muito realizado, muito emocionado e pensei comigo: ‘Olha...Valeu à pena’”.


POEMA
“O Operário Em Construção”

CARLOS LOPES

“O Operário Em Construção” não é um poema sobre a mera criação de valor pelo trabalho. É um poema sobre a luta pela liberdade, a recusa do operário a aceitar a expropriação daquilo que é seu, daquilo que criou, e, em especial, é um poema sobre a integridade, sobre os que dizem não a se vender, sobre a eternidade dos que não traem aos outros - e, sobretudo, não traem a si mesmos -, sobre como um ser humano, se torna consciente, e recusa degradar sua própria humanidade aceitando o suborno, a traição ou rendendo-se à delação e à tortura. Daí, seu belo final: “E o operário ouviu a voz/ De todos os seus irmãos/ Os seus irmãos que morreram/ Por outros que viverão./ Uma esperança sincera/ Cresceu no seu coração/ E dentro da tarde mansa/ Agigantou-se a razão/ De um homem pobre e esquecido/ Razão porém que fizera/ Em operário construído/ O operário em construção.”
Esta é a razão porque Vinícius colocou como epígrafe do poema o trecho do Evangelho de São Lucas em que Jesus recusa o assédio de Satanás:
“E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
“– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
“E Jesus, respondendo, disse-lhe:
“– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.”
No poema, Vinícius assim descreve a recusa do operário:
“Um dia tentou o patrão/ Dobrá-lo de modo vário./ De sorte que o foi levando/ Ao alto da construção/ E num momento de tempo/ Mostrou-lhe toda a região/ E apontando-a ao operário/ Fez-lhe esta declaração:/ – Dar-te-ei todo esse poder/ E a sua satisfação/ Porque a mim me foi entregue/ E dou-o a quem bem quiser./ Dou-te tempo de lazer/ Dou-te tempo de mulher./ Portanto, tudo o que vês/ Será teu se me adorares/ E, ainda mais, se abandonares/ O que te faz dizer não.// Disse, e fitou o operário/ Que olhava e que refletia/ Mas o que via o operário/ O patrão nunca veria./ O operário via as casas/ E dentro das estruturas/ Via coisas, objetos/ Produtos, manufaturas./ Via tudo o que fazia/ O lucro do seu patrão/ E em cada coisa que via/ Misteriosamente havia/ A marca de sua mão./ E o operário disse: Não!// Loucura! – gritou o patrão/ Não vês o que te dou eu?/ – Mentira! – disse o operário/ Não podes dar-me o que é meu.”

Matéria de CARLOS LOPES




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A corrupção é um crime que compensa.

Os ganhos são sedutores, os riscos de detecção são baixos, a eventualidade de se vir a ser julgado e condenado é remota, a perda da reputação, quando ocorre, é passageira, e é quase sempre neutralizada pela "compreensível vontade" de ganhar (ou de deixar fazer) um negócio que afinal "reverte a favor" do país, da economia, da cidade, etc...
Em geral, o corruptor ativo ou passivo não se vê a enveredar por uma carreira criminal. Olha para a ocasião como uma oportunidade que pode não se repetir e que qualquer um na mesma situação não desperdiçaria. Durante muito tempo os polícias de investigação criminal, treinados para investigar homicidas e bandidos, tiveram dificuldade em colar a imagem de criminoso a pessoas bem vestidas e bem falantes, de classe superior à deles, muitas vezes ameaçando retaliação por via de "ligações com os de cima".
Em face disto, porque é que em certos países há tanta corrupção e noutros tão pouca? Há pouca quando se verificam três condições: cultura de prevalência do público sobre o privado; prevenção por via de transparência e de mecanismos de acompanhamento dos processos onde pode ocorrer corrupção; combate eficaz ao crime quando ocorre e punição rápida e exemplar. A presença destas condições implica leis, instituições e meios; mas implica sobretudo cultura pública de prioridade do bem comum e do Estado como principal garante dele.
No nosso país não se verifica atualmente nenhuma destas condições. Nos últimos 30 anos dominou uma cultura-armadilha de instrumentalização do Estado através do discurso anti-Estado. A crítica do Estado, em vez de ter sido utilizada para criar espaços de genuína autonomia da economia e da sociedade civil - espaços que implicam riscos como condição de oportunidades - foi utilizada para criar oportunidades sem riscos mediante o recurso a um Estado-prostituto seguro que, não tendo utilidade geral, pode ser utilizado para servir interesses particulares cuja satisfação supera sempre pagamento. O PSD e o PS contribuíram por igual para a cultura da prostituição do Estado, servidos por uma bateria de comentadores e analistas conservadores que, com uma intensidade sem paralelo na Europa, foram convertendo diariamente a realidade do Estado a menos na ficção do Estado a mais.
Sendo um crime de oportunidade, a corrupção pode ser eficazmente prevenida, reduzindo as oportunidades de ela ocorrer. As oportunidades têm lugar em quatro domínios: grandes contratos de obras e de fornecimentos do Estado; parcerias público-privadas; urbanismo; financiamento dos partidos. Para qualquer destes casos há medidas de prevenção cuja eficácia está amplamente testada. Para os grandes contratos e parcerias, a criação de unidades de acompanhamento dos contratos constituídas por magistrados e técnicos especializados, pois uma vírgula ou um adjectivo podem significar milhões de euros. (O Tribunal de Contas faz hoje fiscalização concomitante mas limitada aos aspectos jurídicos. Ora a corrupção ocorre quase sempre numa zona cinzenta entre o legal e o ilegal, a zona do ALEGAL.) Para o urbanismo, a introdução de mecanismos de democracia participativa, nomeadamente do orçamento participativo a nível municipal. Para o financiamento dos partidos, o financiamento público exclusivo.
Quando não prevenida, a corrupção pode ser combatida pelas seguintes medidas: demissão imediata dos responsáveis dos institutos de regulação em caso de corrupção na área regulada; seletividade do combate, centrando-o na grande corrupção; criação de equipas de investigação especializadas e multidisciplinares; acesso irrestrito do MP às contas bancárias; protecção de denunciantes ou arrependidos; sistema de guarda em cofre e acesso restrito a inquéritos que atraem a violação do segredo de justiça; punição exemplar dos media por revelações indevidas que destroem prova. Afirmar a vontade política de eliminar a corrupção e não adoptar estas medidas é pura hipocrisia.
Texto de Boaventura de Sousa Santos.


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Por que o Amazonas prefere Dilma Roussef

Eron Bezerra *
Com a definição da pré-candidatura de Dilma Roussef e José Serra, ambos a presidência da república, o cenário principal está definido. Conforme previsto, a sucessão do presidente Lula assume cada vez mais um caráter plebiscitário.
E o que é mais importante, com razoável definição ideológica. São dois projetos antagônicos, embora por ignorância e/ou má, inclusive de militantes do PT, haja quem não veja “diferenças essenciais” entre ambos.

Dilma capitaneia um projeto de centro esquerda, que tem no PT, PCdoB, PSB, PDT, PMN e PMDB sua principal base de sustentação. A essência desse projeto é a defesa de nossa soberania, a recuperação do estado nacional brasileiro, além da manutenção e expansão das conquistas sociais e trabalhistas.

Serra é a expressão das forças de centro direita amontoadas no PSDB, PFL (DEM) e PPS. Defendem o velho projeto neoliberal, que acaba de levar o mundo a uma das maiores crises econômicas da história do capitalismo. Advogam o Brasil como uma nova colônia do imperialismo americano; querem concluir o desmonte do estado nacional privatizando o que FHC não conseguiu privatizar como PETROBRAS e Banco do Brasil, por exemplo, ou eliminando projetos exitosos como a Zona Franca de Manaus na medida em que contraria o receituário neoliberal, embora seja um dos mais belos exemplos de superação das desigualdades regionais. Querem, ademais, eliminar conquistas sociais e trabalhistas que aos poucos foram se firmando no governo Lula, como reposição salarial para servidores públicos e salário mínimo (que eles chamam de gastança), luz pra todos, bolsa família e novas universidades.

Não creio que alguém em juízo perfeito veja semelhança entre estes dois projetos, salvo por claro diversionismo cujo objetivo é reduzir a campanha ao debate de quem tem mais tempo de gestão pública, como se isso fosse necessariamente um mérito. Essa é uma manobra clássica precisamente para não debater idéias e projetos para o Brasil e o mundo.

Em 08 anos de governo neoliberal, embora o senador amazonense Artur Virgilio Neto tenha sido Ministro da Casa Civil e líder do governo FHC, a Zona Franca de Manaus praticamente foi extinta. Ficou reduzida a 20 mil postos de trabalhos. O parque industrial, que hoje ostenta mais de 500 indústrias, mais parecia um “cemitério” de fábricas fechadas.

A tática adotada pelos tucanos foi desonesta. Não poderiam fazer uma lei extinguindo algo consagrado na constituição porque isso causaria uma comoção popular no estado. Adotaram, então, como tática, impedir que as reuniões do CAS (Conselho de Administração da Suframa) se realizassem e, conseqüentemente, não aprovar qualquer outro projeto. A morte foi ocorrendo por inanição e estaria hoje consolidada se Lula não tivesse sido eleito e retomado o projeto nos moldes preconizado na constituição.

Os 20 mil operários da era FHC se converteram em mais de 110 mil na era Lula. O CAS reúne regularmente e aprova dezenas de projetos novos a cada reunião. O parque se agiganta com indústrias limpas e a floresta agradece.

Eis, algumas da razoes pelas quais o amazonas prefere Dilma. Não pela pessoa em si, mas pelo que ela representa de alternativa para o Amazonas e o Brasil.

O resto é passado e pesadelo.

* Engenheiro Agrônomo, Professor da UFAM, Deputado Estadual Licenciado, Secretário de Agricultura do Estado do Amazonas, Membro do CC do PCdoB.


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