terça-feira, 27 de outubro de 2009

Da janela da minha casa

Transformações acontecem em todo canto da América do Sul, foi-se o tempo em que o pobre se subordinava a herança do colonialismo ou manobras imperialistas. As mudanças se destacam vindas das camadas mais oprimida até hoje, os sem terras no Brasil, os negros e suas conquistas, índios, lavradores, desempregados.
Revoltas surgem no coração do pobre espontaneamente com grande significados como “A guerra da água” na Bolívia. Piquetes na argentina, expulsão de multinacionais em outros países. Esta pulverizada revolução começa a tomar forma e a luta do pobre com as armas que encontram em seu estomago se torna mais evidente.
Subestimá-los é colocar em risco a terra. Quando vergonhosamente o privamos de buscar no lixo sua sobrevivência, estamos condenando a nossa própria existência.

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    Via sempre da minha janela da ninha casa a procissão de gente abaixo da linha da pobreza passar. Começam depois às 18,00 horas e seguiam um após outro muitas vezes até as 24,00 horas. Passam silenciosos e ordenadamente buscando nos sacos plástico em cada porta o sustento de suas vidas, o que esta na frente revira o saco de todo jeito, o que vem atrás não desiste, abaixa e torna a procurar, e assim sucessivamente, mantendo uma regular distancia um do outro, como se existisse um pacto entre eles. A fraca iluminação, a aparência e jeito calado de todos nos confunde, temos a sensação de que são iguais, na verdade conheço alguns que moram nos passeios da redondeza e sempre os vejo. Eles surgem do nada e recolhem tudo que é reciclado, e qualquer objeto que possa adornar alguma coisa nas suas loucas vidas, alguns, comem ali mesmo restos de comida muitas vezes deteriorada. Todo santo dia era a mesma coisa, e a gente ali sem poder fazer nada, calejando o coração para não enlouquecer. Há pouco tempo desapareceram, só agora leio no jornal que; A crise que vem corroendo a economia mundial de onde se alimenta o sistema financeiro estourou na mão do governo. Salvação de bancos em todo mundo é a solução. Um grande banco compra o menor, desta forma se torna tão grande que não pode quebrar e ai entra o governo e salva o grande banco e ponto final. Já estamos vendo o governo dar injeção de animo as grandes indústrias de carros, eletrodomésticos e vem mais coisa por ai. E o que tem a ver os catadores de recicláveis com isso? Dentro desse clima saiu à tabela de redução de preço dos recicláveis já a alguns meses. (Vejam aqui) Os recicláveis continuaram sendo recolhidos? E quem ganha com isso? Surgira quem sabe, uma coleta capitalizada por sei lá quem, é só estar junto a empresa que recolhe o lixo, fazer a seleção num só lugar e ganhar uma boa grana. Com a reciclagem naturalmente os fornecedores de matéria prima passaram a vender menos, será que desta forma indireta o governo esta levando a indústria a comprar mais matéria prima, se for isso, perde a natureza que mais arvores serão cortadas e mais área verde será transformada em deserto para fornecer matéria prima. Deveria dar a essa gente um melhor meio de continuar suas vidas, protege-las do desamparo social e não tirar o que esta no lixo consequentemente da boca daqueles que não tem como viver. Deveriam pelo menos tentar justificar esta nova tabela. Nenhuma satisfação ou protesto até hoje foi anunciada. Quem perde com isso? O PLANETA TERRA vive uma nova necessidade de conservação do meio ambiente. Veja a matéria correlacionada “Economia”. Veja tambem Gomorra

3 comentários:

Milu disse...

Excelente texto, Jáder. Merece ser compartilhado, tanto no Facebook, quanto no twitter.Abraços.

jader resende disse...

Olá Milu.

Olá Milu, que bom que voce gostou, só não sei como funciona esses compartilhamentos.
Esteja a vontade e use como puder.
Um grande abraço.

jader resende disse...

Milu, lembrei destas lindas fotos.

http://www.boston.com/bigpicture/2010/08/russia_in_color_a_century_ago.html

Espero que goste.

Abraços