segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LUTA DESARMADA

“Nós não temos fabricas,
não somos empregados nem temos sindicatos,
não podemos fazer greve,
mas podemos bloquear as estradas”
[ Líder indígena de El Alto – Bolívia ]


Quando a última árvore for abatida,
o último rio secar, e o último peixe for pescado,
então o homem vai perceber que o dinheiro
não é, afinal, comestível.
[ Indígenas da Nação Crê ]


É preciso haver respeito ao sofrimento dos outros,
com uma justiça coberta pela decência,
senão cairemos no desprezo daqueles
que invejamos por estar no topo do poder.
[ Jurandir Costa Freire ]


Só é possível que ocorram grandes
transformações positivas no destino da humanidade
se houver uma mudança de peso na estrutura
básica de seu modo de pensar.
[ John Stuart Mill ]


Quem só conhece seu próprio lado do problema
sabe pouco sobre ele.
[ John Stuart Mill ]


Perguntem a vocês mesmos se são felizes
e deixarão de sê-los.
[ John Stuart Mill ]


A felicidade é um princípio;
é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos;
ela é exatamente o gênio de nossas motivações.
[ Aristóteles ]


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    Um dos objetivos da humanidade é a felicidade, desconheço uma forma de eudemonismo na situação em que se encontra o ser humano sobre a terra pelo simples fato de que no seculo 19 em pleno apogeu da eugenia e racismo nos Estados Unidos, o filósofo inglês John Stuart Mill defendia o socialismo, a igualdade racial, a mulher, enfim a minoria, portanto não é novidade o direito de se rebelarem os que mais sentem o peso do poder. Há tempos os oprimidos sofrem e naturalmente se organizam. Começam a se manifestar silenciosamente e consciente na luta dos invisíveis. A solidariedade entre si os torna visíveis e começam a incomodar, caminham pelos acostamentos das estradas em fila indiana, são indígenas, sem terra, sem teto, desempregados, analfabetos, camponeses, mulheres e principalmente pobres, tendo a terra como símbolo de vida e luta. Surgem da selva, das aldeias, lugarejos desconhecidos, associações de bairros e de comunidades das periferias. Já se evidencia entre eles o poder de troca, do mutirão e descobriram na união a forma de modificar a história e fazer surgir uma nova educação baseada exclusivamente na necessidade do próximo. Estamos diante de um mundaréu de gente cada dia mais insatisfeitas e sem paciência para reflexões críticas, aos poucos chega a hora das novas trajetórias populares criarem seus próprios espaços sociais até então ignorados pelos donos do poder. Esta linguagem exaustiva e ultrapassada denuncia o desespero da estrutura capitalista, abrindo as portas para um novo tipo de manifestação proveniente da pura essência de viver, não se fala aqui em possuir, mas estar vivo e fazer continuar a vida sobre a terra e com toda razão, não é possível mais suportar a injustiça, a fome e a desigualdade social. A humanidade tem que se conscientizar que esta consumindo muito mais do que a natureza pode repor. O sentido de luta não mais se caracteriza na luta do proletariado baseado numa relação com experiências passadas, não é uma revolução movida por partidos ou sindicatos, mais sim um socialismo proveniente da necessidade de viver dignamente sem submissão, integrado ao equilíbrio da natureza e na paz. Precisamos repensar a vida em sociedade, rever o individualismo político, a utilização da mídia para denegrir a imagem de pessoas como fez com o Rabino Henry Sobel que sempre praticou o bem, ridicularizar pessoas integra, usando os mais baixos e sórdidos argumentos como tentam fazer com a senhora Dilma Rousseft, publicando coisas que em nada acrescenta e só denigre a imagem de uma pessoa como fizeram com a morte do grande ator David Carradine, é lamentável. Artimanhas sempre foram usadas e assim continuaram para desmoralizar aqueles que querem trabalhar pelo bem social. Os que combatem a ganância, a concorrência desleal, o abuso do poder e principalmente a destruição da natureza, desde a mínima perereca até aos complexos tesouros biológicos da rica Amazônia, do rio São Francisco e a população índia e Quilombola ribeirinha que são os mais atingidos.. A jogatina nos cassinos da economia global já recuperou os bilhões perdidos e continuaremos com 20% da população dominando 80% da economia. O socorro milionário desprendido pelo governo para salvar empresas é maior que o investimento para combater a fome ou defesa da natureza e logo logo, os mesmos serão os donos da vida sobre a terra. Um exército de cada vez mais pobres aumenta e caminha decidido, o direito da minoria se torna maioria. Não são terroristas, golpistas ou oportunistas, não carregam diplomas nem teorias, são simplesmente nobres seres humanos e trazem uma luz no fim do túnel. Só nos resta com eles reaprender a viver, se é que nós sabemos? Texto e desenho de Jader Resende


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