quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

“Mercenários da Blackwater atuam na Amazônia e nas plataformas da Halliburton”, denuncia general Nery



Nem mesmo o governo fantoche do Afeganistão aceita mais conviver com a Blackwater - empresa de mercenários com sede em Moyock na Carolina do Norte, Estados Unidos. Hamid Karzai acaba de tomar a decisão de proibir a atuação da empresa em seu território (leia matéria na página 6).
No Brasil, o general-de-brigada da reserva, Durval Antunes de Andrade Nery, denunciou a presença da Blackwater em reservas na Amazônia e em plataformas de petróleo na costa do país.
O general, que é coordenador do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos da Escola Superior de Guerra, afirmou que “membros fortemente armados da Blackwater já atuam em reservas indígenas brasileiras contando com bases fluviais bem equipadas”.
Em matéria publicada pelo jornal carioca “O Dia”, o general Nery revelou a existência de agentes da Blackwater em 15 plataformas de petróleo administradas pela Halliburton na costa brasileira. “Faço um desafio: vamos pegar um barco e tentar subir numa plataforma. Garanto que vamos encontrar os homens da Halliburton armados até os dentes e que não vão deixar a gente subir”, advertiu o general.
O militar confirmou como é a relação da Halliburton com a Agência Nacional de Petróleo: “Esta empresa (Halliburton) está envolvida com o apoio logístico em todo o mundo no que diz respeito ao petróleo, principalmente no Iraque. A Halliburton é uma empresa que hoje, no Brasil, mantém um de seus (ex) diretores como diretor da ANP (Nelson Narciso Filho). Esse homem tem acesso a dados secretos das jazidas de petróleo no Brasil”. A Blackwater recentemente criou uma nova empresa, a Xe Services and US Training Center. Ela mudou de nome para continuar fazendo todo o serviço “sujo” que os militares não podem fazer. Um exemplo de sua ação no Iraque foi a preparação de atentados para provocar a violência entre xiitas e sunitas.
A Halliburton teve como presidente Dick Cheney, ex-vice de George Bush, e se tornou notória pela rapinagem que promove no Iraque e pelos escândalos com dinheiro público nos EUA.
Sobre a Amazônia, Nery reproduziu ao jornal o relato feito por um militar da ativa na região: “Um coronel que comandava batalhão na região da (reserva indígena) Yanomami contou que estava fazendo patrulha, em um barco inflável com quatro homens, em um igarapé, quando avistou um sujeito armado com fuzil. Um tenente disse: ‘Tem mais um cara ali’. Eram cinco homens armados. O tenente advertiu: ‘coronel, é uma emboscada. Vamos retrair.’ Retraíram.
Nery perguntou ao coronel o que ele tinha feito: “Ele disse: ‘general, tive que ir ao distrito, pedir à juíza autorização para ir lá.’ Falei: ‘Meu caro, você, comandante de um batalhão no meio da Amazônia, perto da fronteira, responsável por nossa segurança, só pode entrar na área se a juíza autorizar? Ele respondeu: ‘É. Foi isso que o governo passado (Fernando Henrique) deixou para nós. Não podemos fazer nada em área indígena sem autorização da Justiça”.
O coronel contou que pegou a autorização e voltou. Levou três horas para chegar ao igarapé, onde não tinha mais ninguém. Continuou em direção à fronteira. De repente, encontrou ancoradouro, com um cara loiro, de olhos azuis, fuzil nas costas, o esperando. Olhou para o lado: 10 lanchas e quatro aviões-anfíbio, no meio na selva. ‘Na sua área?’, perguntei. ‘É’, respondeu. Ele contou que abordou o homem: ‘Quem é você?”. Como resposta ouviu: ‘Sou oficial das forças especiais dos Estados Unidos da América do Norte’”.
S.C.
Buscado no Jornal Hora do Povo

Blackwater Worldwid
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Xe (antiga Blackwater) é uma empresa de mercenários com sede em Moyock na Carolina do Norte, Estados Unidos. É formada por vários tipos de paramilitares, por ex-integrantes dos Seals e outras chamadas forças de elite. A companhia fornece mercenários e vários outros serviços paramilitares. Foi fundada em 1996 por Erik Prince, que em agosto de 2009, em depoimentos sob juramento de ex-funcionários, foi acusado de assassinar ou facilitar o assassinato de indivíduos que vinham colaborando com as autoridades federais americanas que investigam o envolvimento da Companhia em vários escândalos. A Blackwater está atuando como força auxiliar (e de segurança) no Iraque e Afeganistão, e está envolvida em várias controvérsias e investigações.
A empresa de Erik Prince tem uma divisão para praticamente qualquer atividade. Uma divisão de aviação - Aviation Worldwide ou Presidential Airways. Uma divisão com atividades na Colômbia e em vários países - [Greystone], uma divisão de "serviços de inteligência" - a Total Intelligence Solutions e tem também uma divisão responsável pelos serviços secretos que a companhia faz juntamente com a CIA, denominada Blackwater Select, segundo revelações do New York Times em 20 de agosto de 2009.
O livro Blackwater - A Ascensão do Exército Mercenário Mais Poderoso do Mundo 

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