quarta-feira, 23 de março de 2011

Enquanto isso, na maior democracia(?) do mundo


WikiLeaks: 35 presos em protesto a favor de Bradley Manning nos EUA
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Daniel Ellsberg foi uma das 35 pessoas presas em frente à base da marinha de Quantico.
Mais de 30 pessoas foram presas em frente a uma base da marinha estadunidense durante um protesto contra o tratamento de um soldado detido acusado de dar informações confidenciais para o WikiLeaks.
Bradley Manning está sendo confinado em uma solitária na base de Quantico, na Virgínia, esperando por julgamento em quase duas dúzias de acusações, incluindo ajuda ao inimigo.
O ex-analista de inteligência de 23 anos é acusado de entregar documentos confidenciais da marinha e do governo estadunidense para o site de vazamentos.
Ele é suspeito de vazar um vídeo militar que mostra um ataque contra homens desarmado no Iraque, documentos de guerra do Iraque e do Afeganistão e mais de 250.000 telegramas do departamento de estado.
Centenas de pessoas se uniram à passeata em frente à base de Quantico, gritando “Libertem Bradley Manning”, e segurando cartazes em que se lia “Zona de Tortura de Delatores”.
Um conflito começou quando a polícia antidistúrbios tentou afastar os manifestantes para longe da entrada da base.
Uma das 35 pessoas presas foi Daniel Ellsberg, um apoiador de Manning que vazou o chamado “Pentagon Papers” sobre a Guerra do Vietnã em 1971.
O homem de 79 anos discursou no protesto e teve suas palavras repetidas enquanto dizia “Eu quero que a coragem de Bradley Manning seja contagiosa”.
Uma matéria no site da Rede De Apoio à Bradley Manning dizia que os manifestantes tentaram marchar para o memorial de Iwo Jima para colocar uma coroa de flores, mas militares os impediram.
Em resposta, o grupo sentou-se no chão e se recusou a deixar o local, fazendo com que a polícia local e militar fizesse prisões.
Coronel Thomas V. Johnson, um porta-voz da Marinha em Quantico, disse que o acesso ao memorial era proibido porque não é permitido atividades de protesto em bases militares.
Mais cedo neste mês, o porta-voz chefe do departamento de estado PJ Crowley foi demitido depois de criticar a detenção de Manning como “contraproducente e estúpida”.
Quando o presidente Barack Obama foi questionado sobre a questão, disse que o Pentágono lhe assegurou que as condições nas quais o soldado estava sendo submetido eram “apropriadas”.

Buscado no Gilson Sampaio


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