Quando aquele jovem interrompeu o avanço de uma coluna de tanques, numa manifestação de estudantes na Praça da Paz Celestial, em Pequim, a imagem correu o mundo. Mas coragem, para a mídia mundial, é ideologicamente seletiva. Coloco aí em cima o vídeo de uma jovem palestina que, de mãos limpas, impede soldados israelenses de atirarem contra manifestantes palestinos, feito por uma TV coreana. Encontrei-o no ótimo Blog do Mello e acrescentei legendas, claro que não para o locutor coreano mas para o que ela fala aos soldados israelenses, em inglês.Talvez alguns de vocês já tenham visto, tem mais de um milhão de visitas no Youtube. Mas, que eu visse, ao contrário do jovem chinês, não foi para as grandes redes de TV mundiais. Mas comoveu-me, e quis trazê-lo para vocês.
Ela tem medo, reparem, quando são feitos os disparos. Não é uma pessoa “de ferro”, como nenhum de nós é. E também é nítido que os dois meninos israelenses, aos quais se deu uma farda e um fuzil, são também simples humanos, ficam indecisos entre as ordens e os sentimentos pessoais e acabrunhados com o que estão sendo levados a fazer.
A história é feita pelas coletividades, pelos povos. Mas pode ser decidida, em momentos chave, pelos atos de coragem humana que podem brotar das pessoas mais simples.
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