sábado, 8 de maio de 2010

João Candido

Leia tudo clicando acima

A Transpetro lançou ao mar o navio petroleiro João Cândido. Batizado com o nome de um dos nossos heróis, marinheiro negro, filho de escravos e líder da Revolta da Chibata, o navio tem 247 metros de comprimento, casco duplo que previne acidente e vários significados históricos. Primeiro, leva a industrialização para Pernambuco, contribuindo para reduzir as desigualdades regionais. Em segundo lugar, dá um cala-boca para quem insinuou de forma maldosa que o PAC era apenas virtual. Em terceiro, prova que está em curso a remontagem da indústria naval brasileira criminosamente destruída na era da privataria. O artigo é de Beto Almeida.



Biografia
O marinheiro João Cândido entrou para a história do Brasil ao chefiar a revolta deflagrada dentro da armada contra o castigo corporal infligido pela chibata.
João Cândido Felisberto nasceu em Encruzilhada RS, em 1880. Sentou praça na Marinha aos 13 anos. Como marinheiro de primeira classe seguiu para a Europa, onde assistiu ao final da construção do encouraçado Minas Gerais. Na viagem inaugural, o navio foi aos Estados Unidos, de onde seguiu para o Brasil. Em 22 de novembro de 1910, o castigo de 25 chibatadas, imposto ao marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses, um dos tripulantes do Minas Gerais, precipitou uma revolta que há muito vinha sendo tramada, pois essa punição corporal, embora abolida pelo decreto nº 3, de 16 de novembro de 1889, continuava em uso. O comandante do Minas Gerais, João Batista das Neves, foi morto e os demais oficiais abandonaram o navio.
O movimento, que tomou o nome de revolta da chibata ou revolta dos marinheiros, estendeu-se a outros navios que, como o Minas Gerais, sob o comando dos próprios marinheiros, se deslocaram para uma posição favorável a um possível bombardeio da cidade do Rio de Janeiro. Após troca de mensagens com as autoridades, os revoltosos entregaram-se, obtido o compromisso formal do governo de que seria definitivamente abolido o uso de chibata na Marinha. Dias depois, em 9 de dezembro, sublevou-se o batalhão naval, aquartelado na ilha das Cobras. Decretado o estado de sítio e reprimido o levante, que se estendera ao cruzador Rio Grande do Sul, os chefes da revolta foram absolvidos por um conselho de guerra. João Cândido, apesar de haver assumido posição contrária a essa nova revolta, foi acusado de favorecimento aos amotinados e expulso da Marinha. Morreu no Rio de Janeiro RJ, em 6 de dezembro de 1969.





voltar ao topo

2 comentários:

Robson Luiz Ceron disse...

Olá companheiro,
eu não recebi seu email. apenas pra confirmar: robson.ceron@gmail.com

Ah, ótima homenagem a João Candido!

OLHAR CIDADÃO disse...

Prezado Jader

Boa tarde

Com grande alegria recebi a sua visita ao 007BONDeblog, a sua adesão como seguidor, tendoeu já feito o mesmo em relação ao seu blog, que nessa primeira leitura e contato me encantou. Estou oganizando uma lista de mais blogs para inserir o link lá no BONDeindica, e o seu certamente estará entre eles.

Fiz no ano passado uma matéria sobre o "Almirante Negro" e vejo aqui, que o tema também é abordado com rara felicidade.

Grande abraço

PS. Seu comentário lá no blog já foi respondido.