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MULTIDÃO NO MAR: CEM
MIL GOLFINHOS AO REDOR DE UM BARCO
Poucos animais se comparam aos golfinhos em termos de inteligência. Há pouco, em San Diego, no litoral da Califórnia, foi filmada a maior migração em massa de golfinhos-nariz-de-garrafa de que se tem notícia. Ao mesmo tempo, no Havaí, a comovente história de um exemplar em dificuldades que se aproximou de mergulhadores para pedir ajuda
O maior bando de
golfinhos de que se tem notícia apareceu há pouco no litoral da
Califórnia. Tratava-se provavelmente de um fenômeno de migração
em massa, em proporções nunca antes observadas. Mas os biólogos
consideram também outras hipóteses para explicar o fenômeno
Um evento similar,
embora com um menor número de animais aconteceu há cerca de um ano
ao largo de Dana Point, na Califórnia. A recorrência do fenômeno a
doze meses de distância permite supor que ele não apenas é de
natureza migratória recorrente, mas está se incrementando de ano a
ano.
Aspecto parcial do bando calculado de cem mil golfinhos que migrou no litoral da Califórnia
Muitos nunca viram um
golfinho ao vivo e em cores (geralmente eles têm apenas uma cor, o
cinza). Os mais afortunados viram alguns de longe, quando viajavam de
barco ou de navio. Habitualmente, quando viajam para pescar ou
migrar, esses mamíferos marinhos o fazem em grupos que não superam
200 indivíduos. Mas o que o mostra o vídeo abaixo está deixando os
especialistas sem fala: cerca de cem mil golfinhos comuns (também
chamados de golfinhos-nariz-de-garrafa devido a forma da sua cabeça)
se reuniram para viajar juntos ao longo da costa californiana.
O super bando de
golfinhos foi visto e filmado no litoral da Califórnia na penúltima
semana de janeiro. Quase ao mesmo tempo, em Kona, Havaí,
precisamente no dia 21 de janeiro, o instrutor de mergulho Keller
Laros viveu uma das maiores emoções de sua vida. Foi quando,
durante um mergulho em meio a um cardume de arraias mantas gigantes,
um golfinho selvagem se aproximou e, de forma ostensiva, mostrou para
ele um ferimento na sua nadadeira peitoral direita que o impedia de
nadar corretamente. Na base da nadadeira um grande anzol estava
encravado. O fio de náilon enrolara-se nela, certamente provocando
grande sofrimento, além de quase impossibilitar o nado do cetáceo.
Munido de um canivete, Keller conseguiu cortar e eliminar o fio de
náilon. Não conseguiu extrair o anzol, mas de qualquer modo, quando
o golfinho partiu, estava em muito melhor situação.
Os golfinhos são,
certamente, uma das criaturas mais inteligentes do planeta. Eles
descendem, no passado remoto, de mamíferos terrestres que, pouco a
pouco, adaptaram-se ao mar e foram transformando seu corpo ao longo
dos milênios até adquirirem as características hidrodinâmicas dos
peixes. Mas, como seus membros dianteiros foram transformados em
nadadeiras, eles perderam as importantes funções dos polegares
opostos que a nós, humanos, e a todos os demais primatas,
possibilitam o uso das mãos e dos dedos. Isso, no entanto, não os
impede de se aproximar dos humanos e lhes "pedir" ajuda e
socorro quando se encontram em certas dificuldades.
O vídeo a seguir mostra toda a operação de salvamento do golfinho, desde o momento em que ele se aproxima, até quando parte, com seu problema em grande parte resolvido. Por sorte, Munido de um canivete, Keller conseguiu cortar e eliminar o fio de náilon. Não conseguiu extrair o anzol, mas de qualquer modo, quando o golfinho partiu, estava em muito melhor situação. Ao final da operação, com a nadadeira por fim liberada, o animal pode nadar com maior segurança e liberdade.
O episódio é um belo
exemplo da interação solidária entre um humano e um animal.
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