Welinton Naveira e Silva
A alucinada extrema direita norte-americana, sempre muito confiante, poderosa, alienada, arrogante e egoísta, muito bem expressada no governo Bush, com Dick Cheney e outros mais, foi entusiasta da simplista solução econômica via invasão militar do Iraque, buscando assegurar a posse e controle das riquíssimas jazidas de petróleo iraquiano, garantindo fabulosas quantidades de petróleo para o seu consumo, a preços módicos, insumo básico e vital para toda sua indústria, transporte e máquina de guerra, e ainda, provocando o reaquecimento da poderosa indústria bélica dos EUA, praticamente inativa desde o fim da guerra fria com a ex-URSS. Solução melhor, não poderia haver, assim pensavam. Puro engano.
Tendo em conta a vergonhosa retirada militar norte-americana do Vietnam, na verdade, pura debandada, amplamente documentada pelos cinegrafistas e jornalistas da época, Bush e sua turma resolveram pôr um fim na liberdade dos correspondentes de guerra de registrar o que acontecia nos campos de batalha, ao seu gosto, principalmente, as atrocidades, grandes fracassos e vergonhas, como as cenas divulgadas no passado mostrando apavorados soldados norte-americanos abandonando o solo vietnamita, disputando lugar nos já superlotados helicópteros, inclusive, com alguns despencando em queda livre daquelas aeronaves, decolando às presas, a plena potência, fugindo do fogo inimigo e da inevitável e humilhante derrota.
Vejam o clássico documentário
“Corações e Mentes”,
de Peter Daves, premiado com o Oscar, mostrando o cruel e covarde massacre dos EUA no Vietnam, dentre outros.
A chamada grande “imprensa livre” e a liberdade de expressão sempre foram poderosas armas em mãos das classes dominantes. Possui imenso poder de direcionar, distorcer, difamar, engrandecer, derrubar, denegrir, reduzir, enaltecer, eleger e tudo o mais, bem ao gosto e interesses das elites dominantes. Potente arma, sempre defendida pelas democracias, que só os mais esclarecidos sabem muito bem a quem elas servem. Por outro lado, amordaçar os meios de comunicação, é rumo certo para a loucura, para ajudar a fechar mais ainda as coisas, abrindo as portas para todo o tipo de arbítrio, inclusive, torturas, assassinatos, prisões, perseguições e corrupções, fortemente presentes nas ditaduras de toda a América Latina, implantadas pelos EUA.
Desesperados pela profunda crise econômica, grave e sem solução à vista, confiantes na nova forma de controle mundial da grande mídia, os EUA, não satisfeitos com a invasão militar do Iraque, agora invadem a Líbia, também riquíssima em petróleo. Pura coincidência, ou na verdade, estariam muito preocupados com a opressão do povo líbio, por conta de Kadafi?
Tudo mais uma grande mentira. Cinismo maior não poderia existir. O que querem é petróleo, mesmo. Mas a grande mídia, toda controlada e devidamente direcionada, faz com que o povão do mundo democrático pouco perceba os gigantescos e continuados crimes dos EUA, e ainda fiquem penalizados com tragédia do dia 11 de setembro.
O capitalismo está fazendo águas a olhos vistos, mergulhado em intermináveis e sucessivas crises econômicas e financeiras, caríssimas guerras e gigantescas poluições ecológicas, unicamente decorrentes da sociedade de consumo, responsável pela sideral produção de todos os tipos de lixos tóxicos e poluições. Não bastasse tudo isso, os produtos chineses estão tomando conta do mundo, cada dia mais sofisticados e a preços imbatíveis, desempregando milhares de trabalhadores, mundão a fora. Menos na China, cada vez mais próspera e poderosa, armada até aos dentes.
E para acelerar o desmonte final do capitalismo, o desemprego tecnológico prossegue demitindo aos milhares, trabalhadores braçais (via aos mais diversos tipos de modernas ferramentas, produtos químicos, máquinas e robôs), e também intelectuais, vias computadores e sofisticados softwares, em todas as áreas, seja de planejamento, projeto, supervisão, controle, comunicação, fiscalização, produção, vendas, engenharia, medicina, direito, administração, contabilidade, artísticas, recreativa, transporte etc.
A atual crise mundial é muito mais séria do que se supõe. Grande parte dela advém do desemprego tecnológico, em todas as partes do planeta, inevitável e avassalador. Sabe-se que o sistema capitalista necessita de massa infinita de trabalhadores e com poder de compra, para poder manter o consumo aquecido. Mas como a tecnologia desemprega em massa, é fácil concluir o desmonte final do capitalismo. Por outro lado, todo o meio de produção e venda que deixa de fazer o uso da tecnologia objetivando evitar o trabalho humano, perde a concorrência, vai a falência.
Marx está mais vivo do que nunca. Agora, se vamos ter a inteligência para implantar o socialismo, a nível mundial, ou se caminhamos para a devastação nuclear final do Planeta, só Deus sabe. Se depender do egoísmo, da conhecida alienação, burrice e demência do homem, a guerra nuclear será inevitável. Só não virá, se Deus não quiser.
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