Produzimos uma Cultura de Devastação Todos os anos exterminamos comunidades indígenas, milhares de hectares de florestas e até inúmeras palavras das nossas línguas. A cada minuto extinguimos uma espécie de aves e alguém em algum lugar recôndito contempla pela última vez na Terra uma determinada flor. Konrad Lorenz não se enganou ao dizer que somos o elo perdido entre o macaco e o ser humano. Somos isso, uma espécie que gira sem encontrar o seu horizonte, um projecto por concluir. Falou-se bastante ultimamente do genoma e, ao que parece, a única coisa que nos distancia na realidade dos animais é a nossa capacidade de esperança. Produzimos uma cultura de devastação baseada muitas vezes no engano da superioridade das raças, dos deuses, e sustentada pela desumanidade do poder económico. Sempre me pareceu incrível que uma sociedade tão pragmática como a ocidental tenha deificado coisas abstractas como esse papel chamado dinheiro e uma cadeia de imagens efémeras. Devemos fortalecer, como tantas vezes disse, a tribo da sensibilidade...
José Saramago, in 'Revista Universidad de Antioquia (2001)'
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6 comentários:
Desculpe Jader, não tinha visto este post.
Fiquei chocado, só com três crianças, imagina as outras milhares que existem, devo confessar que não pude segurar as lágrimas, fico sem palavras para expressar o que senti vendo esse filme, minha vontade é de sair correndo em direção a Africa para ajudar em alguma coisa, a revolta é grande em saber que gastam milhôes em guerras, em pesquisas inuteis, em armamentos sofisticados e ainda vemos crianças morrendo de fome no mundo.
Que Deus olhe para essas crianças que nasceram em um mundo tão desigual e tão desumano.
Não faça homenagem ao meu blog, eu só faço um mínimo do que deveria fazer, faça homenagem a essa criança que cuida dos irmãos e tantas outras que devem fazer o mesmo, essas crianças sim merecem homenagens, alimentos,amor.
Essas crianças são a constatação de que nós todos falhamos como seres humanos.
Abraços
Desculpe Burgos, já retifiquei, deveria ter usado, o que era a intensão, a palavra "titulo" ou "resposta".
Grande abraço
Amigo Jader
Quando disse não me faça homenagem, não foi por ter ficado zangado, mas por achar que não mereço homenagem, claro que fiquei lisongeado por você ter gostado do post "Quem mata mais crianças a fome ou a guerra" e ter colocado esse post que tem tudo a ver com o meu.
É certo que o admiro bastante, seu blog é um dos poucos que tem uma vasta cultura, e com certeza fico feliz quando uma pessoa como você faz referência sobre algum texto meu, quando disse não faça homenagem ao meu blog, quis dizer que não mereço homenagem pois esse tema é tão desumano que até um elogio chega a doer, e o vídeo que você colocou tinha tudo a ver com o meu post, é fácil escrever um texto como fiz, mas assistir ao vídeo fez-me constatar o quão insignificante sou como ser humano.
Desculpe meu amigo, não se ofenda comigo, só quis te dizer que não merecemos homenagens enquanto houver uma só criança vivendo dessa forma tão desumana.
Me perdoe
Um grande abraço
Eu entendi, Burgos.
Lisonjeado fico eu quando meu blog consegue ser útil, esse é nosso objetivo, obrigado pelas palavras amigas.
Por falar nisso quando tiver tempo me fale sobre o nome Burgos (cão Grinos) ou seja o nome da fera que magnificamente abre o blog.
Um grande abraço,amigo Burgos.
Jader
Como sabes sou um cachorro, coincidentemente sou de sua terra, bahiano, nasci em Feira de Santana, meus donos moraram 4 anos na Bahia, meus donos fizeram o Caminho de Santiago e se apaixonaram pela cidade de Burgos na Espanha, quando voltaram, me compraram em Feira de Santana e em homenagem ao Caminho de Santiago me deram o nome de Burgos, quando completei um ano de vida meus donos foram fazer o Caminho da Paz que fica aí na Bahia, eu fui junto e caminhei com eles todo o trajeto (quase morri de cansado, mas de vez em quando era carregado no colo pelo meu dono, hehehehe), por ter feito esse caminho recebi dos peregrinos que estavam junto com a gente o apelido de cãogrino (um cão peregrino). Atualmente moramos no Sul do Brasil, e quem me ajuda com o blog é minha dona.
Essa é a minha história.
Talvez um dia eu volte a Bahia, então poderás me conhecer.
Um grande abraço
Burgos Cãogrino
Que bela história Burgos, adorarei conhecê-lo, apareça quando quiser.
Quero que conheça outro cão que gosto muito, veja em meu blog.
Jader Resende: Lukanikos, o cão grego anti-sistema
Quero que saiba também que tenho uma belo cadela amarela, ainda filhote foi abandonada na rua e adotamos a futuro e ex moradora de rua, esta com quatro meses, bastante alta e pesa uns 25 quilos, chama-se Tiriri.
É um grande companheira, traquina, acho que tem algum parente roedor, roer qualquer coisa é sua distração.
Um abraço amigo
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