sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Troque sua saúde por uma geladeira nova


buscado no Gilson Sampaio 

 

Via Diario Liberdade

Sergio Domingues
Em 2008, o Congresso Nacional acabou com o CPMF. O governo Lula fez o maior escândalo. Alegou que se tratava de uma vitória neoliberal. A Saúde perderia arrecadação. Os cofres públicos ficariam sem R$ 40 bilhões anuais.
Desde então, os governos petistas vêm se especializando em "desonerar a folha de pagamento". São várias isenções de tributos para os empresários. Eles prometem manter a produção e o nível de emprego. Garantidos, mesmo, só os milhões que deixam de pagar em contribuições sociais.
Em 22/01, o jornal Valor divulgou levantamento feito pela Receita Federal feito a seu pedido. O estudo revelou que esse tipo de isenção tributária deve somar R$ 53,2 bilhões neste ano e R$ 62 bilhões, em 2014.
Em 17/01, Viviane Tavares publicou artigo no site da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio /Fiocruz. O texto chamado "Quem vai pagar a conta?" esclarece que, ao abrir mão de impostos como IPI, PIS e Cofins, o governo tem "optado pelo incentivo ao mercado em detrimento das políticas sociais".
O artigo cita dados da Associação Nacional dos Fiscais de Contribuições Previdenciárias. As renúncias das receitas da Cofins, por exemplo, chegaram a R$ 34,6 bilhões, em 2011. Isso equivale à metade de toda a despesa em Saúde.
Façam as contas. Tudo isso representa bem mais que os tais R$ 40 bilhões perdidos pelo fim da CPMF.
O artigo de Viviane coloca as coisas nos seguintes termos: entre geladeiras novas e saúde pública de qualidade, a escolha parece óbvia. Mas o governo federal prefere a primeira opção e vai colocando a maioria da população na maior fria.



Um comentário:

infinitoamanajé disse...

Caro Jader, tô cheio de cabelos brancos... Gosto muito deles.

Este "sistema", é o maior 171 dos séculos. Só perde mesmo para o seu patrão este 4º REICH em ascensão em passo de ganso acelerado.

Como ninguém vê (sei que não é fácil, requer abandono de velhas crenças e escolhas) é o que mais me impressiona... Sinto muito, sou grato.