buscado no Gilson Sampaio
Via Diario Liberdade
- Sergio Domingues
Em
2008, o Congresso Nacional acabou com o CPMF. O governo Lula fez o
maior escândalo. Alegou que se tratava de uma vitória neoliberal. A
Saúde perderia arrecadação. Os cofres públicos ficariam sem R$ 40
bilhões anuais.
Desde então, os governos
petistas vêm se especializando em "desonerar a folha de pagamento". São
várias isenções de tributos para os empresários. Eles prometem manter a
produção e o nível de emprego. Garantidos, mesmo, só os milhões que
deixam de pagar em contribuições sociais.
Em
22/01, o jornal Valor divulgou levantamento feito pela Receita Federal
feito a seu pedido. O estudo revelou que esse tipo de isenção tributária
deve somar R$ 53,2 bilhões neste ano e R$ 62 bilhões, em 2014.
Em
17/01, Viviane Tavares publicou artigo no site da Escola Politécnica de
Saúde Joaquim Venâncio /Fiocruz. O texto chamado "Quem vai pagar a conta?" esclarece que, ao abrir mão de impostos como IPI, PIS e Cofins, o
governo tem "optado pelo incentivo ao mercado em detrimento das
políticas sociais".
O artigo cita dados da
Associação Nacional dos Fiscais de Contribuições Previdenciárias. As
renúncias das receitas da Cofins, por exemplo, chegaram a R$ 34,6
bilhões, em 2011. Isso equivale à metade de toda a despesa em Saúde.
Façam as contas. Tudo isso representa bem mais que os tais R$ 40 bilhões perdidos pelo fim da CPMF.
O
artigo de Viviane coloca as coisas nos seguintes termos: entre
geladeiras novas e saúde pública de qualidade, a escolha parece óbvia.
Mas o governo federal prefere a primeira opção e vai colocando a maioria
da população na maior fria.
Um comentário:
Caro Jader, tô cheio de cabelos brancos... Gosto muito deles.
Este "sistema", é o maior 171 dos séculos. Só perde mesmo para o seu patrão este 4º REICH em ascensão em passo de ganso acelerado.
Como ninguém vê (sei que não é fácil, requer abandono de velhas crenças e escolhas) é o que mais me impressiona... Sinto muito, sou grato.
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