Ameaças partem de madeireiros que têm interesse em extrair madeiras de projeto de assentamento.
O sindicalista José Cláudio Ribeiro da Silva que está sendo ameaçado de morte. (Foto: Arquivo) |
O ex-presidente da Associação dos Colonos do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialtapiranheira em Nova Ipixuna, sudeste do Pará, José Cláudio Ribeiro da Silva ficou de denunciar na Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca), que está sendo ameaçado de morte.
As ameaças, segundo ele, partem de madeireiros que insistem em extrair Castanha do Pará ilegalmente do assentamento. Há cerca de 15 dias o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Marabá, realizou operação naquele assentamento onde apreendeu mais de 50 metros cúbicos de madeira em tora.
A operação, ainda de acordo com o sindicalista causou revolta no setor. Na última sexta-feira (4) duas pessoas chegaram a sua residência e perguntaram por ele.
“Provavelmente seriam pistoleiros, pois alegaram que precisavam de ajuda para consertar uma corrente de uma moto, perguntaram à minha esposa, Maria do Espírito Santo da Silva sobre onde eu estava naquele momento, como não estava em casa os acusados foram embora”, relata.
Neste assentamento Praialtapiranheira é comum a presença de caminhões madeireiros, bem como carvoarias clandestinas.
Sistematicamente José da Silva e a esposa, têm procurado o Ibama de Marabá para denunciar tais crimes ambientes. Até mesmo o Ministério Público Federal (MPF) foi comunicado a respeito dos crimes.
José da Silva contou para o advogado José Batista Gonçalves Afonso que as ameaças são feitas via telefone celular, sendo que os interlocutores não se identificam. O sindicalista aponta uma pessoa que ficou na incumbência de dizer aos madeireiros quando o casal entrasse ou saísse do assentamento. As ameaças devem ser investigadas pelo delegado titular da Deca, Alberone Afonso Miranda Lobato.
Ibama apreende madeira em Nova Ipixuna (PA)
Toras de árvores de Castanha do Pará, sendo transportadas ilegalmente. (Foto: Arquivo) |
À época da operação o analista ambiental Hugo Américo suspeitou que as castanheiras estavam sendo retiradas de assentamentos. O ambientalista informou que os madeireiros estariam aliciando os colonos para que vendessem as árvores ao preço irrisório de R$ 100,00. “É um valor muito baixo pelo dano ambiental causado com a retirada de uma espécie importante para toda a floresta como a castanheira. Certamente, com a exploração sustentável de seus frutos, teriam maiores lucros”, lamenta Américo.
Fonte: Edinaldo Sousa de Marabá (PA) e Redação da Amazoom Press
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