Fotografia: Sebastião Salgado |
No estado do Pará, no dia 17 de abril de 1996, cerca de 1500 trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra, que lutavam há aproximadamente dois anos por seu direito, assentaram-se em um espaço improdutivo depois de serem expulsos de suas próprias terras. Mobilizavam-se até a capital do Pará, Belém, com a finalidade de apresentar suas demandas e exigir solução para a sua situação.
Quando chegaram à cidade de Eldorado do Carajás, a marcha parou para que mulheres e crianças descansassem, mas foram atacados por mais de 100 policiais militares, que dispararam com armas de fogo contra os manifestantes. Dezenove trabalhadores morreram, 69 ficaram feridos e não se sabe quantos podem haver desaparecido pela violência. Até hoje, não há nenhuma condenação para este crime cometido contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Pior: os policiais julgados foram absolvidos.
No mesmo dia, dirigentes camponeses de todo o mundo, integrantes da Via Campesina, reunidos em Tlaxcala, México, em sua Segunda Conferência Internacional, ao saber destes fatos, declararam 17 de abril como o “Dia Internacional da Luta Camponesa”.
Em 25 de junho de 2002, o então presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, decreta o dia 17 de abril como o "Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária".
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