domingo, 3 de julho de 2011

Eco-consumismo

1. Consumindo desenvolvimento sustentável

por Janos Biro


            A grande questão da discussão ecológica tem sido como conciliar padrões sustentáveis de consumo com uma economia baseada no desenvolvimento acelerado dos meios de produção. Segundo Ruscheinsky[1], esta é uma questão de poder. Se o consumidor está submetido a um sistema econômico insustentável, ele não tem o poder de fazer escolhas que levam a um consumo sustentável. Mesmo que o consumidor seja um agente econômico autônomo, ele só pode sê-lo na medida em o sistema econômico do qual depende valoriza isso. Dizer que o consumo sustentável, ético, responsável e consciente é uma questão de escolha do consumidor é no mínimo insuficiente. Qual o significado desses adjetivos para o consumidor? Ao que parece, o consumidor depende da cultura de consumo para definir o que é sustentável. O consumo sustentável quase sempre se refere ao consumo de tecnologias e produtos considerados mais ecológicos. Então, voltamos à estaca zero. A cultura não pode ensinar aos indivíduos o que é ser sustentável, ético, responsável e consciente, porque ela mesma não sabe o que é isso. Não reconhecemos o que é ser sustentável numa cultura que depende de desenvolvimento econômico e tecnológico acelerado. Usamos essa palavra sem ter noção do que ela significa em termos práticos fora da lógica do consumo.
            O discurso ecológico coloca o consumidor como protagonista, como agente multiplicador de ações políticas e privadas que visam a sustentabilidade[2]. Ele deve entender o que motiva o consumo e saber separar necessidades reais de necessidades criadas. Mas como o consumidor fará isso?
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