Este é o novo
documentário da equipe responsável por Dividocracia.
Chama-se
Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da
privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e
sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Catastroika
denuncia exemplos concretos na Rússia, Brasil, Chile, Inglaterra,
França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em setores como os
transportes, a água ou a energia. Produzido através de
contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como
Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e
Aditya Chakrabortyy.
De forma
deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos
daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos
fundamentais, repassaram emrepassam bens materiais a preço vil,
alienaram e alienam riquezas do subssolo e “off-shore” com
contrapartida ínfima e criminosamente elegeram os funcionários
públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a
privatização como solução óbvia e inevitável.
Sacrifica-se e
sacrificaram a qualidade, a segurança e a sustentabilidade,
provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da
qualidade de vida dos cidadãos.
As
consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados,
por credores e instituições internacionais (como a Troika – FMI,
BCE e CE), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida
dos planos de «resgate».
Catastroika
evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia
para acabar com a democracia e implementar medidas que nunca nenhum
regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas
ditaduras do Chile e da Turquia.
O objetivo é
a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos
tempos, pelos cidadãos.
Nada disto
seria possível, num país democrático, sem a implementação de
medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da
especulação e da chantagem — o que implica, como está se vendo
na Grécia, Espanha, Portugal, Itália e outros a tentativa e prática
do total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade,
notadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão do tecido
social e níveis de vida condignos.
Se a Grécia é
o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a
catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as
pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro.
Cá e lá, é
importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o
discurso hegemônico omnipresente na mídia-de-mercado, tornando bem
claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta pela
democracia ou a barbárie neoliberal.
"Χρεοκρατία" (Dividocracia), em Português
http://www.youtube.com/watch?v=nwlJDAufvnM&feature=player_embedded
Na
Internet, toda a gente fala do documentário sobre a crise grega
preparado pelos jornalistas Katerina Kitidi e Aris Hatzistefanou e
que tem por título "Debtocracy". Rodado com dinheiro
próprio e com donativos de alguns amigos, o filme tem exibição
gratuita em http://www.debtocracy.gr.
Em menos de dez dias, foi visto por 600 mil utilizadores. Todos
os dias, defensores e adversários do documentário apresentam os
respetivos pontos de vista no Facebook, no Twitter e em blogues.
Os principais atores do documentário (cerca de 200 pessoas) assinam um pedido de criação de uma comissão internacional de auditoria, que teria por missão especificar os motivos da acumulação da dívida soberana e condenar os responsáveis. No caso vertente, a Grécia tem direito a recusar o reembolso da sua "dívida injustificada", ou seja, da dívida criada através de atos de corrupção contra o interesse da sociedade.
"Debtocracy" é uma ação política. Apresenta um ponto de vista sobre a análise dos acontecimentos que arrastaram a Grécia para uma situação preocupante. As opiniões vão todas no mesmo sentido, sem contraponto. Foi essa a opção dos autores, que apresentam a sua maneira de ver as coisas, logo nos primeiros minutos: "Em cerca de 40 anos, dois partidos, três famílias políticas e alguns grandes patrões levaram a Grécia à falência. Deixaram de pagar aos cidadãos para salvar os credores".
Os "cúmplices" da falência perderam o direito à palavra.
Os autores do documentário não dão a palavra àqueles que consideram "cúmplices" da falência. Os primeiros-ministros e ministros das Finanças gregos dos últimos dez anos são apresentados como elos de uma cadeia de cúmplices que arrastaram o país para o abismo.
O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que se apresentou aos gregos como o médico do país, é comparado ao ditador Georges Papadopoulos [primeiro-ministro sob o regime dos coronéis, de 1967 a 1974]. O paralelo é estabelecido com uma facilidade notável desde o início do documentário mas não é dado ao personagem relevante (DSK) o direito a usar da palavra.
À pergunta "Porque não fazer intervir as pessoas apontadas a dedo", um dos autores, Kateina Kitidi, responde que se trata de "uma pergunta que deve ser feita a muitos órgãos de comunicação que, nos últimos tempos, difundem permanentemente um único ponto de vista sobre a situação. Nós consideramos que estamos a apresentar uma abordagem diferente, que faz falta há muito tempo". O público garante a independência do filme.
Para o seu colega Aris Hatzistefanou, o que conta é a independência do documentário. "Não tínhamos outra hipótese", explica. "Para evitar as limitações quanto ao conteúdo do filme, que as empresas [de produção], as instituições ou os partidos teriam imposto, apelámos ao público para garantir as despesas de produção. Portanto, o documentário pertence aos nossos 'produtores associados', que fizeram donativos na Internet e é por isso que não há problemas de direitos. De qualquer modo, o nosso objetivo é difundi-lo o mais amplamente possível."
O documentário utiliza os exemplos do Equador e da Argentina para suportar o argumento segundo o qual o relatório de uma comissão de auditoria pode ser utilizado como instrumento de negociação, para eliminar uma parte da dívida e do congelamento dos salários e pensões de reforma.
"Tentamos pegar em exemplos de países como a Argentina e o Equador, que disseram não ao FMI e aos credores estrangeiros que, ainda que parcialmente, puseram de joelhos os cidadãos. Para tal, falámos com as pessoas que realizaram uma auditoria no Equador e provaram que uma grande parte da dívida era ilegal", acrescenta Katerina Kitidi. Contudo, "Debtocracy" evita sublinhar algumas diferenças de peso e evidentes entre o Equador e a Grécia. Entre elas, o facto de o Equador ter petróleo.
Fonte original do vídeo:
http://www.debtocracy.gr
Fonte da matéria utilizada para esta descrição:
http://www.presseurop.eu/pt/content/article/618481-debtocracy-o-julgamento-da
Os principais atores do documentário (cerca de 200 pessoas) assinam um pedido de criação de uma comissão internacional de auditoria, que teria por missão especificar os motivos da acumulação da dívida soberana e condenar os responsáveis. No caso vertente, a Grécia tem direito a recusar o reembolso da sua "dívida injustificada", ou seja, da dívida criada através de atos de corrupção contra o interesse da sociedade.
"Debtocracy" é uma ação política. Apresenta um ponto de vista sobre a análise dos acontecimentos que arrastaram a Grécia para uma situação preocupante. As opiniões vão todas no mesmo sentido, sem contraponto. Foi essa a opção dos autores, que apresentam a sua maneira de ver as coisas, logo nos primeiros minutos: "Em cerca de 40 anos, dois partidos, três famílias políticas e alguns grandes patrões levaram a Grécia à falência. Deixaram de pagar aos cidadãos para salvar os credores".
Os "cúmplices" da falência perderam o direito à palavra.
Os autores do documentário não dão a palavra àqueles que consideram "cúmplices" da falência. Os primeiros-ministros e ministros das Finanças gregos dos últimos dez anos são apresentados como elos de uma cadeia de cúmplices que arrastaram o país para o abismo.
O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que se apresentou aos gregos como o médico do país, é comparado ao ditador Georges Papadopoulos [primeiro-ministro sob o regime dos coronéis, de 1967 a 1974]. O paralelo é estabelecido com uma facilidade notável desde o início do documentário mas não é dado ao personagem relevante (DSK) o direito a usar da palavra.
À pergunta "Porque não fazer intervir as pessoas apontadas a dedo", um dos autores, Kateina Kitidi, responde que se trata de "uma pergunta que deve ser feita a muitos órgãos de comunicação que, nos últimos tempos, difundem permanentemente um único ponto de vista sobre a situação. Nós consideramos que estamos a apresentar uma abordagem diferente, que faz falta há muito tempo". O público garante a independência do filme.
Para o seu colega Aris Hatzistefanou, o que conta é a independência do documentário. "Não tínhamos outra hipótese", explica. "Para evitar as limitações quanto ao conteúdo do filme, que as empresas [de produção], as instituições ou os partidos teriam imposto, apelámos ao público para garantir as despesas de produção. Portanto, o documentário pertence aos nossos 'produtores associados', que fizeram donativos na Internet e é por isso que não há problemas de direitos. De qualquer modo, o nosso objetivo é difundi-lo o mais amplamente possível."
O documentário utiliza os exemplos do Equador e da Argentina para suportar o argumento segundo o qual o relatório de uma comissão de auditoria pode ser utilizado como instrumento de negociação, para eliminar uma parte da dívida e do congelamento dos salários e pensões de reforma.
"Tentamos pegar em exemplos de países como a Argentina e o Equador, que disseram não ao FMI e aos credores estrangeiros que, ainda que parcialmente, puseram de joelhos os cidadãos. Para tal, falámos com as pessoas que realizaram uma auditoria no Equador e provaram que uma grande parte da dívida era ilegal", acrescenta Katerina Kitidi. Contudo, "Debtocracy" evita sublinhar algumas diferenças de peso e evidentes entre o Equador e a Grécia. Entre elas, o facto de o Equador ter petróleo.
Fonte original do vídeo:
http://www.debtocracy.gr
Fonte da matéria utilizada para esta descrição:
http://www.presseurop.eu/pt/content/article/618481-debtocracy-o-julgamento-da
Debtocracy International Version
Conforme
o YouTube a análise acima foi realizada pela PressEurop, mas o
“link” indicado está “quebrado”.
Postado
no YouTube por sebmellovip http://www.youtube.com/user/sebmellovip em
17/06/2011 em português. No
DailyMotion por BitsnBytes em 5/5/2011
Licenças:
padrão do YouTube/DailyMotion
Exibido
no Brasil pela primeira vez em português (conforme Google) pelo Blog
do Nassif
Fonte
original do vídeo: Debtocracy
Enviado
para a redecastorphoto pelo pessoal da Vila Vudu
A
redecastorphoto decidiu publicar as duas versões técnicas para
facilitar seus leitores e correspondentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário