A ativista palestina
Rana Hamadeh
desafiou o exército israelense na terça-feira, 1º. de maio, ao
escalar um dos skunks – os caminhões-tanques brancos de Israel que
atiram um líquido fétido e tóxico em ativistas – estacionados em
frente ao complexo prisional-militar israelense de Ofer, em Ramala,
carregando uma bandeira da Palestina.
Rana é uma das
participantes das manifestações diárias que os palestinos
realizam, na Cisjordânia e em Gaza, em solidariedade aos presos
políticos palestinos em greve de fome nas prisões de Israel.
A greve coletiva,
iniciada em 17 de abril (declarado Dia do Prisioneiro Palestino em
homenagem a Khader Adnan, que ficou 66 dias sem comer, em protesto
contra o tratamento dos militares israelenses aos palestinos, e foi
libertado nessa data), envolve entre 2 mil e 3,5 mil presos
políticos, além daqueles que já se encontravam em greve de fome.
Entre eles estão Bilal
Diab e Thaer Halahleh, que completaram 65 dias sem alimentação em 3
de maio e estão em risco de morte iminente.
Rana foi cercada e
abraçada por ativistas – prática utilizada para proteger
manifestantes de ataques e prisões – enquanto soldados israelenses
atiravam gás pimenta em spray em todos eles, já dominados.
O gás pimenta, além
de provocar problemas respiratórios, cega completamente a vítima
durante determinado tempo. Largamente utilizado pelas forças
militares israelenses, ele vem sendo usado no Brasil desde que o país
assinou, em novembro de 2010, um acordo para compra de armas e
“tecnologia de segurança” do país sionista.
Veja a seguir imagens
da “escalada” de Rana ao skunk e o ataque que ela sofreu dos
soldados israelenses no vídeo feito pelo cineasta e fotógrafo
palestino Haitham Al-Khatib, de Bil’in.
Baby Siqueira Abrão
Brazilian journalist -
Middle East correspondent
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Foto: Abir Kopty
5 comentários:
Palestina, resistência sempre!!!
Corajosa!
Sempre, Aristhoteles.
Um grande abraço
Não só ela, Janice, o povo é corajoso.
Janice, um bração.
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